Pelos menos 52 civis foram mortos, só neste mês, na República Democrática do Congo (RDC), pelas Forças Democráticas Aliadas, segundo a Missão das Nações Unidas para paz na República Democrática do Congo.
Os ataques das Forças Democráticas Aliadas (ADF), sediadas no Uganda, ocorreram nos territórios de Beni e Lubero, na província de Kivu do Norte, entre 9 e 16 de Agosto.
Condenando os assassinatos, a organização diz que a violência mais recente das ADF foi acompanhada por sequestros, saques e destruição de propriedades, tendo alertado que o número de mortos ainda pode aumentar.
A população da região já enfrenta uma situação humanitária precária e a missão da ONU promete reforçar o seu apoio às autoridades congolesas para a protecção de civis.
As ADF, formadas na década de 1990, por ex-rebeldes ugandenses, estão entre as várias milícias, que disputam terras e recursos no leste da República Democrática do Congo, rico em minerais.
A retomada da violência ocorre num momento em que um conflito separado, entre o exército da RDC e o grupo M23, apoiado por Ruanda, continua a ferver na região.
Ambos os lados se acusam mutuamente de violar um acordo de cessar-fogo recentemente alcançado, mediado pelos Estados Unidos.
O governo e o M23 concordaram em assinar um acordo de paz permanente até 18 de Agosto, mas até esta parte nenhum acordo foi anunciado.