Seis pessoas contraíram na manhã desta segunda-feira ferimentos, entre graves e ligeiros, em consequência de um ataque armado contra um autocarro da companhia Entre Rios, que fazia o trajecto Maputo a Quelimane.
O ataque ocorreu por volta das 7h30 minutos quando o autocarro acabava de iniciar marcha na região de Mutindiri ao longo da Estrada Nacional número um na província de Sofala, onde teria pernoitado com cerca de 40 passageiros a bordo.
Aliás, em Mutindiri está uma posição das Forças de Defesa e Segurança (FDS) que a partir das 17h30 minutos têm ordem de não deixar que automobilistas continuem viagens naquele troço por causa do recrudescimento dos ataques armados.
Foi neste sentido que o autocarro e tantos outros veículos pernoitaram em Mutindiri. Só que aquilo que se receava veio a acontecer à luz do dia, segundo avançou uma das testemunhas que seguia viagem para Quelimane.
Antónia Osório, uma das passageiras que viajava no autocarro na companhia da sua filha de apenas dois anos, revelou que a emboscada dos homens armados foi muito rápida.
“Eu estava a sonecar, de repente ouvi gritos da minha filha que estava aos berros. Afinal uma bala acabava de atravessar em sua frente, sorte que o pior não aconteceu”, contou, visivelmente preocupada.
José Victorino, outro passageiro que apela ao fim dos ataques, diz que é preocupante o cenário que se vive ao longo da estrada nacional número, entre Muxunguè a Gorongosa, onde quase diariamente são reportados ataques armados.
“O que nós pedimos é que parem com os ataques, isso já não está a nos deixar sossegados. Hoje por exemplo assistimos um autêntico ambiente de terror no autocarro, mulheres e crianças em pânico por conta dos tiros, até quando isso?”, questiona.
Além dos seis feridos no ataque armado desta segunda-feira, o motorista do autocarro avançou que o veiculo também teve danos, com destaque para alguns vidros que ficaram totalmente quebrados, cabo de embraiagem que ficou cortado, entre outros, situação que obrigou a interrupção da viagem.