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Assassinato de Elvino Dias: Filipe Nyusi critica comunidade internacional por fazer insinuações

“Se já têm conclusões sobre o assassinto de Elvino Dias e Paulo Guambe, que nos dêm os dados para responsabilizarmos os criminosos como Estado”, diz Presidente da República. Filipe Nyusi teceu duras críticas a comunidade internacional que associa os bárbaros assassinatos de Elvino Dias e Paulo Guambe ao partido Frelimo. Nyusi diz que as acusações limitam e que o correcto é esperar as investigações.

O chefe do estado voltou a referir o posicionamento do governo sobre o assassinato de Elvino dias, advogado do candidato presidencial apoiado pelo PODEMOS, e de Paulo Guambe, mandatário do mesmo partido. Nyusi eleogia o gesto solidário da comunidade internacional, que unanimimente condenou os assassinatos.

“Todos os pronunciamentos de missões diplomaticas foram unânimes na condenação dos assassinatos associando-os ao actual processo político, no entanto, sem acusar nas entrelinhas insinuavam que os incidentes pudessem ter algumas ligaçõoes com os vencedores, exceptuando a Commonwealth, que fez um comunicado sucinto e com base em factos disponíveis e sem quaisquer insinuações”, criticou.

O presidente foi ainda mais longe e pediu que a comunidade internacional que apresente as provas de “que o crime foi cometido pelo partido Frelimo, conforme sugerem”.
“Não se pode fazer insinuações. Isso limita o raciocínio. Um dos embaixadoresate teve coragem de emitir uma comunicação em nome do seu país associando o assassinato ao roubo de votos pela Frelimo. Como sabe disso?, se há ja conclusão é talvez, trazer-nos esses dados para responsabilizamos por esses actos como Estado. O mais correto é deixar as investigações prosseguem em todas as versões e pistas que podem estar disponíveis”, apelou.

O presidente diz que as investigações estão a ser feitas pois é do interesse do Esatado e do Governo que haja responsabilizacao.

“Estamos a investigar de modo a responsabilizar os criminosos para serem julgados e punidos de forma exemplar com vista a desencorajar actos desta natureza. Tendo em conta o historial eleitoral importa referir que nunca aconteceu um acto igual e dessa dimensão. A posição do governo e que ao invés de se presumir que foram assassinados ou que existe relação desses crimes ao processo eleitoral o mais importante e encontramos o assassino não interessa que motivação ele teve e e a unica solução que perimite que nao haja especulacoes.”

Observadores: “O processo eleitoral foi pacífico”

“Os observadores e os jornalistas acreditados pelo órgão competente, os observadores estiveram lá a ver e o jornalista esteve lá. O governo não é da Frelimo e sim do Estado moçambicano. Cada partido concorrente fez a sua campanha em ambiente de festa e tivemos observadores que não sabiam se era festa ou campanha mas era campanha.Todos víamos com excepção de uma mancha de uma linguagem ofensiva contra os outros, insultavam-se alguns, havia situação de falar mal do outro. As mesas tiveram os respectivos membros”.

“As missões de observação nacionais e internacionais constataram que o processo eleitoral em Moçambique incluindo a contagem de votos foi transparente. Disseram que as eleições foram livres e justas só que a posterior alguns referiram-se ao fenômeno dos enchimentos mas se estavam lá e eu até pergunto então colaboraram para os enchimentos, mas em geral a campanha e o processo de votação decorreram bem.

Alguns candidatos apoiados por alguns partidos para além de contestar os resultados numa plataforma digital ridicularizaram os órgãos eleitorais, sobretudo a CNE, e citando nome de pais de famílias, proferindo até impropérios de todo o tipo, ficou um pouco difícil perceber qual é o caminho que se segue. Importa referir que mesmo enquanto ainda estavam apurados menos de 10% dos votos declarou-se vencedor incontestável anunciando que já tinha criado uma comissão de transição de poderes apoiado apoiantes a manifestarem-se. Onde que ouviu-se isso é o que fez para ter certeza absoluta?”.

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