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Arrancou hoje em Quelimane Julgamento de 39 MMVS

Foto: O País

Teve início, esta terça-feira, o julgamento de 39 presidentes de mesas das assembleias de voto, com destaque para os que negaram assinar actas e editais. Ademais, consta que os arguidos falsificaram as actas a favor da Frelimo. Os membros das assembleias de voto estavam a trabalhar em todas as 39 mesas, no decurso das eleições autárquicas de 9 de Outubro do ano passado.

No arranque do julgamento, esta terça-feira, 12 arguidos estiveram em sede do Tribunal Judicial da Cidade de Quelimane, marcando, assim, a primeira fase do processo. Na ocasião, Quiara Sozinho, assistente da acusação, referiu que os arguidos em causa “desencadearam fraude eleitoral para prejudicar o processo, favorecendo a Frelimo. Na sequência, prejudicaram números de mandatos”, disse.

Diante da acusação, a defesa dos arguidos, Abílio António, renunciou à audiência, alegando que precisava de compulsar os documentos da acusação para melhor defender os 39 arguidos, já que, no seu entender, não foram previamente notificados.

O juiz da causa, Crimpelho António, indeferiu o posicionamento da defesa dos arguidos nos seguintes termos. “O fundamento de que não foram notificados não procede, pois os arguidos primeiro refutavam ser notificados. Fizemos diligências pela primeira vez às instituições e, a dado momento, tentaram-nos obstruir aquilo que é a actuação da administração da justiça, não fornecendo os reais dados. Aí advertimos que os mesmos iriam incorrer no crime de desobediência.”

Entre os arguidos, estão formadores que entraram à revelia para as assembleias de voto fazendo-se passar por presidentes. Todos os arguidos tem contrato com o STAE.

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