“É preciso garantir que não se repita a experiência que tivemos na Estrada Circular de Maputo”. As palavras de Silva Magaia mostram indignação em relação ao facto de se estar a usar a Circular de Maputo sem se pagar portagens. Para evitar que o cenário se repita na ponte Maputo-KaTembe, já arrancou a construção da portagem. Estará do lado de KaTembe, a dois quilómetros do início da ponte. Neste momento, decorre a construção dos escritórios da portagem, que deverão ter 11 compartimentos, num edifício de dois pisos. “A base já está preparada (para a portagem), o alargamento da estrada também foi feito e, nas próximas semanas, vão começar as fundações. Vai levar o seu tempo, mas tudo está a ser feito com um calendário que nos permita ter o posto de portagem em condições de operar ainda neste 2017”, assegura Silva Magaia.
O PCA da Maputo Sul diz que está a ser estudada a proposta das tarifas da portagem, por isso, não avança nenhum dado, até porque tal proposta deverá passar pelo Conselho de Ministros. A análise das propostas toma em consideração a possibilidade de uma tarifa social.
Para se aceder à ponte, do lado da KaTembe, terá de se entrar primeiro numa rotunda, a ser feita a uma distância de quatro quilómetros do início da ponte.
Quanto às portagens da Circular de Maputo, a Maputo Sul aguarda o aval do governo para contrair um empréstimo bancário com vista à sua edificação.
Mais de 2 200 moçambicanos adquirem experiências na construção da ponte
Ergue-se uma infra-estrutura, mas também se transmite conhecimentos aos milhares de moçambicanos empregues na construção da ponte Maputo-Katembe. São jovens que adquirem experiências que lhes vão valer por toda a vida. Um deles chama-se Eduardo Jorge, vive na Matola e está como colaborador na construção da ponte há cerca de um ano. Aprende de tudo um pouco, desde a serralharia ao manuseamento de várias máquinas. “Aprendi a soldar, aprendi a pintura e a manusear maçarico. Já entendo também de cofragem”, testemunha Jorge, que se junta aos pouco mais de 2 200 moçambicanos que erguem a ponte Maputo-Katembe, de um universo de 2 861 pessoas. O projecto junta moçambicanos e chineses, além da equipa que controla a qualidade, composta por sul-africanos, zimbabweanos, portugueses, alemães, polacos e gregos.