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AQUA detecta irregularidade no estaleiro chinês em Muxúnguè

Foto: O Pais

A empresa chinesa de madeira que opera em Muxúnguè não possui alvará e no estaleiro da mesma foi encontrada madeira de origem duvidosa e outra com diâmetros abaixo do recomendando. A AQUA garante que a mesma será sancionada.

No âmbito das denúncias populares dando conta que uma firma chinesa está a comparar produtos florestais sem autorização em Muxúngue, distrito de Chibabava  e em Caia, província de Sofala, uma equipa multi-sectorial, composta pela Agência Nacional para o controlo de Qualidade Ambiental, e INAE, das províncias de Sofala, Manica e Inhambane, iniciou no fim da tarde de ontem, a averiguar a legalidade dos produtos florestais depositados na referida firma.

As constatações preliminares provam que a denúncia é verídica, pois o operador não está licenciado para a actividade de compra e venda de madeira. De acordo com o INAE, operador chines possui um alvará para compra e venda de madeira exótica e apenas para operar no bairro de cerâmica na cidade da Beira.

“É absurda a justificação da criação de um estaleiro sucursal há cerca de 300 quilómetros do local para onde esta empresa foi licenciada. Este acto constitui uma irregularidade e a empresa já foi notifica para os devidos procedimentos. E mais, a empresa não foi autorizada para compra e venda a grosso de madeiras nativas. Portanto ela será sancionada”.

Outras averiguações preliminares dão conta que parte da madeira encontrada no estaleiro foi cortada abaixo do diâmetro recomendado que é de 30 centímetros. “Temos madeira neste estaleiro com diâmetros abaixo de 20 centímetros. Também é uma irregularidade. Para além disso, encontramos madeira aqui sem nenhuma sigla, o que faz concluir que a mesma é de origem duvidosa, ou seja, que foi cortada por operadores florestais. Estamos ainda a compulsar toda a documentação e a madeira encontrada no estaleiro e oportunamente, talvez amanhã, poderemos nos pronunciar com mais detalhes e sobre as sanções que a empresa ira sofrer, garantiu Morgado Mussendo, delegado da AQUA em Sofala.

Bungamano Sitoe, representante da empresa, não quis entrar em detalhes em relação às irregularidades detectadas, tendo dito apenas que o ideal é esperar pelo término das averiguações.

Os dados preliminares indicam que existem no estaleiro da CAM INTERNACIONAL, cerca de seis mil metros cúbicos de madeira de diversos tamanhos e três tipos de madeira, com destaque para  Chacate preto, Chanate e Umbila.

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