Esta quarta-feira, inaugura, na Fundação Fernando Leite Couto, cidade de Maputo, a exposição colectiva de pintura intitulada Aproximações incompletas, que junta Quehá e Vovo´s.
As obras dos dois autores marcam o culminar de uma relação de mais de 20 anos, período no qual ambos trocaram impressões, tintas, telas e perspectivas em relação ao labor artístico e o sentido das artes plásticas.
O título da exposição, de acordo com a Fundação Fernando Leite Couto (FFLC), foi concebido em função das similaridades nos traços e nas formas do mestre e do discípulo, mas a respeitar os elementos pictóricos e os motivos que os distinguem.
As obras que compõem Aproximações incompletas, avança a nota de imprensa da FFLC, “são deste ano e ‘choram’ com cores e tons fortes, a frustração que marca este ano que muito prometia, entretanto, ao cruzar a porta revelou-se coberto de incertezas e de receios costurados pela pandemia que assola ao mundo”.
Na mostra colectiva, Quehá e Vovo’s insistem em trazer luz através das suas pinturas.
Da primeira exposição “Descoberta”, em 1991, a esta parte, lembra a FFLC, Quehá já expôs telas feitas com a técnica de acrílico e a mista mostrou-se mais regular. Mas é com óleo – que não é inédito – que se apresenta nesta exposição.
“O mestre Quehá, através de composições povoadas por semblantes combalidos, empresta cores vivas e fortes como que a tentar agarrar a luz e mantê-la acesa para não perdermos os traços do rosto da esperança. Vovo’s, por sua vez, desafiado (e a desafiar) pelo mestre, propõe conversas que não se esgotam como a paz, simbolizada em algumas formas que lembram pássaros, que também podem estar a simbolizar liberdade ou simplesmente a lembrar-nos que no ideal do paraíso as paisagens são belas e compostas por aves”.
A mostra estará em exibição até 31 de Outubro e tem curadoria de Yolanda Couto.