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Apreendidos 63 contentores de madeira pau-preto em Cabo Delgado

Trata-se de cerca de mil metros cúbicos de madeira cujas exploração e exportação são proibidas, detectados pela Agência de Controlo de Qualidade Ambiental, AQUA.

A apreensão aconteceu no dia 27 de Julho passado, quando 20 dos 63 contentores estavam para ser exportados para China, a partir do Porto de Pemba.

No processo de exportação, as autoridades ligadas ao controlo dos recursos florestais e as Alfândegas aperceberam-se de irregularidades, das quais a existência de pau-preto e outra madeira em touro.

Feita a investigação, descobriu-se que, além dos 20 contentores, outros 43 encontravam-se no distrito do Montepuez, num estaleiro denominado Sain Funger Timber, que opera com uma licença da empresa Miti.

Sobre o assunto, as Alfândegas e a Procuradoria em Cabo Delgado não se pronunciaram. Entretanto, confirmaram que estavam a apurar as circunstâncias que levaram à tentativa de exportação de madeira proibida.

O “O País” apurou que a empresa envolvida no esquema é a mesma que, em finais do ano passado, perdeu para o Estado 13 mil metros cúbicos de madeira de diverso tipo encontrado ilegalmente nos seus estaleiros em Muxúnguè e Sena, em Sofala.

Devido a várias irregularidades, entre as quais a compra da mesma a madeireiros furtivos, madeira abaixo do diâmetro recomendado e sem licença para a referida actividade. A madeira foi depois vendida em hasta pública e o proprietário deve pagar ao Estado cerca de 29 milhões de Meticais em multa.

Não é a primeira vez que quantidades significativas de madeira são exportadas ilegalmente para a República Popular da China, a partir do Porto de Pemba.

Há anos, 76 contentores foram parar naquele país asiático e, mais tarde, recuperados e vendidos em hasta pública. Em conexão com o caso, pelo menos nove pessoas foram detidas, entre as quais um cidadão chinês e funcionários das Alfândegas afectos ao Porto de Pemba.

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