O País – A verdade como notícia

Apenas seis por cento das casas em Moçambique são convencionais

Foto: MEF

Cerca de 33% da população em Moçambique vive nas zonas urbanas, do universo dos cerca 30 milhões de habitantes, a situação coloca desafios habitacionais, numa altura em que apenas seis por cento das casas são convencionais, no país.

Os dados foram avançados pela vice-ministra das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, Cecília Chamutota, durante o Dia Mundial das Cidades. Na ocasião referiu que o número de habitantes nas zonas urbanas está a crescer rapidamente, mas as infra-estruturas habitacionais não acompanham o crescimento no mesmo ritmo.

Chamutota disse que em 2017 os dados indicavam que o país possuía cerca de 16 milhões e 300 mil habitações, para além das casas convencionais que representam 6%, desse número apenas 2% é que são apartamentos.

23% são  casas mistas, 47% casas de consunção precária e 22% são casas básicas e isso mostra que os desafios são enormes para a questão da resiliência”, referiu a governante, acrescentando que há também desafios relacionados com os serviços sociais básicos, como agua, energia, saúde, educação e transporte.

O Dia mundial das cidades coincidiu com a celebração dos 20 anos da ONU Habitat no país, que segundo Chamutota, desde a sua chegada ao país a organização tem ajudado bastante a melhorar a urbanização.

Segundo destacou dessa interacção foi possível aprender que é necessário o engajamento das comunidades para a construção de infra-estruturas resilientes.

“O conhecimento local contribui para o fortalecimento da capacidade técnica da implementação dos diferentes projectos que temos estado a implementar, o uso de materiais mistos e soluções locais para a realidade moçambicana também tem sido um dos pontos de intervenção da ONU Habitat”, citou a vice-ministra.

Já a chefe do escritório da ONU HABITAT no país, Sandra Roque garantiu que a organização vai continuar a trabalhar na urbanização das cidades e vilas.

“Quando falamos de urbanização é importante destacar que não se trata apenas de colocar o nosso foco apenas nas cidades, devemos também olhar para as zonas rurais. A urbanização é um fenómeno que se conecta com o meio rural e estimula as áreas rurais de vários modos”, sublinhou a representante da ONU Habitat no país.

Sobre a presença dos 20 anos da Organização que chegou ao país em 2002, por conta das cheias que assolaram o país no ano 2000, foi destacado que já foram construídas mais de 4500 salas de aulas resilientes aos eventos climáticos.

A intenção é continuar a apoiar Moçambique e neste momento a organização está apoiar na construção de hospitais mais seguros as mudanças climáticas e na reconstrução pós ciclones Idai e Kenneth.

Partilhe

RELACIONADAS

+ LIDAS

Siga nos