O País – A verdade como notícia

Apenas 25% das mulheres usam métodos contraceptivos no país

Até 2030, Moçambique quer alcançar 43% da população jovem no planeamento familiar. O acordo foi assumido hoje, na Cidade de Maputo, durante o lançamento do compromisso de Moçambique, no âmbito da parceria global de planeamento familiar 2030.

Em Moçambique, apenas 25% das mulheres usam os métodos contraceptivos, sendo que o número de adolescentes e jovens em idade reprodutiva que usam algum método de planeamento familiar baixou de 14,3%, em 2011, para 14,1%, em 2015.

Segundo a vice-ministra da Saúde, Farida Urci, os dados são preocupantes, por isso há necessidade de um esforço conjuntural.

“Estes dados mostram a necessidade de que precisamos de intensificar as nossas acções, para que mais adolescentes, jovens e mulheres em idade fértil adiram aos serviços de saúde sexual e reprodutiva e planeamento familiar, por isso vale a pena investir na saúde destes grupos populacionais, em especial na saúde reprodutiva”, referiu a governante.

Para tal, mostra-se igualmente necessário disponibilizar informação necessária e importante, como forma de contribuir para aumentar o acesso aos serviços de planeamento familiar e para melhorar o bem-estar daquele grupo-alvo.

Para o efeito, o Governo assumiu compromisso de 10 anos, no âmbito da parceria global de planeamento familiar 2030, em que se projecta passar dos actuais 25 para 43% de adesão ao planeamento familiar.

As autoridades identificaram os jovens como principais alvos e reconhecem a necessidade de inovação nos métodos, como o caminho para contribuir para a retenção das meninas e adolescentes nas escolas, e reduzir as altas taxas de gravidez precoce e indesejada nas comunidades.

“NUNCA MANDAMOS SUSPENDER O USO DO BAFÓMETRO”

O controlo de álcool em automobilistas retomou na última sexta-feira (22). A medida foi anunciada pelo comandante-geral da PRM com o objectivo de reduzir os casos de acidentes de viação.

Reagindo ao assunto, a vice-ministra da Saúde entende que a retoma deste instrumento não constitui nenhum risco para a saúde pública.

“Em nenhum momento nós mandamos suspender o uso do bafómetro no tempo da COVID-19. Mas, como tivemos a situação de emergência e pela proximidade que existia entre o possível portador do vírus e o agente, acho que o Ministério do Interior decidiu mandar suspender, mas a retoma, acho que não tem problema nenhum, desde que se acautelem as medidas de prevenção”, defendeu.

Das medidas previstas, a governante avança a necessidade de desinfecção, na parte reutilizável, e descartar a parte que é de uso individual.

Sobre a situação da Varíola dos Macacos no país, Farida Urci diz que “Tivemos três casos suspeitos da Varíola dos Macacos, mas não passou de suspeitas. Um deles é sobre um jovem de 24 anos, de Nampula, que chega ao hospital com lesões tipo bolhas em todo o corpo. Na história clínica, ele referiu que tinha tido contacto com crianças com varicela”.

Segundo Urci, as amostras já foram enviadas ao laboratório, mas, pelos sintomas, tudo indica tratar-se de varicela e não Varíola.

Partilhe

RELACIONADAS

+ LIDAS

Siga nos