O livro escolar de distribuição gratuita ainda não chegou às mãos de grande parte dos alunos da 1ª, 2ª e 6ª classes. Segundo o Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH), para este ano lectivo estão previstos 16 milhões de livros, e volvidos dois meses após o início das aulas, apenas um por cento dos manuais já chegaram ao país,
“Já estão no país um pouco mais de dois milhões de livros”, confirmou Gina Guibunda a porta-voz do MINEDH, que disse que os mesmos chegaram na primeira quinzena de Fevereiro, mas factores como a COVID-19, a rota dos navios para Moçambique é que contribuem para o atraso da chegada dos outros 14 milhões.
Entretanto, o Ministério está em constante contacto com a empresa responsável pela impressão do livro, para monitorar o processo e a última informação é que o navio com os livros já zarpou, rumo a Moçambique.
“Eles também vão nos dando a previsão de chegada nos nossos portos, e a última informação que tivemos é que até o final deste mês teremos os livros”, garantiu Guibunda.
Neste momento, para além dos dois milhões de livros que já se encontram no país, o Ministério conta com cerca de 950 mil livros que foram recolhidos, dos alunos, nos anos anteriores e com os livros do stock de segurança e emergência existentes em todas as províncias, que somados chegam perto de um milhão.
Assim, com os poucos existentes os alunos têm partilhado. Um livro pode servir para três ou quatro alunos, na sala de aula.
“Eles partilham o livro porque não temos como. Depois de um grupo usar passam para os outros e os professores também, vão fazendo fotocópias, portanto é uma situação que nos ultrapassa, mas nós temos estado a colocar todo o nosso saber para que o aluno não fique prejudicado”, referiu.
Este é um dos maiores atrasos registados na chegada dos livros que o país já registou, ainda assim a porta-voz do MINEDH garantiu que não influencia no processo de ensino e aprendizagem, uma vez que os professores estão preparados para lidar com esse tipo de situações, mas reconheceu que se o livro já estivesse nas mãos dos alunos o processo seria melhor.
Guibunda esclareceu que os livros são impressos fora do país devido aos preços aplicados, mas o Ministério já trabalha com empresas nacionais para impressão do livro de educação bilíngue, cuja impressão, neste momento, ronda nos 4 milhões de exemplares.