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Angolanos reflectem hoje sobre em quem votar amanhã

Mais de 9,3 milhões de eleitores angolanos são chamados às urnas, amanhã, para eleger o presidente que deverá substituir José Eduardo dos Santos, no poder há 38 anos.

Ontem, terminou a campanha eleitoral que decorreu durante 30 dias e hoje é o dia reservado à reflexão por parte dos eleitores, por isso, é proibida qualquer propaganda política dos partidos e candidatos concorrentes.

A UNITA escolheu o último dia da campanha eleitoral para fazer o comício popular de encerramento, bastante concorrido, no município de Cazenga, arredores da cidade de Luanda. O acto iniciou com uma marcha pelas ruas da cidade, que foi desaguar no campo da FILDA, onde uma moldura humana considerável, empunhando bandeiras do partido do galo negro, esperava pelo seu líder.

Por seu turno, o candidato do MPLA, João Lourenço, preferiu, no último dia da campanha eleitoral, fazer campanha de contacto directo com os eleitores nos bairros periféricos de Luanda, onde reiterou que o seu governo vai trabalhar para tornar possível a criação de autarquias locais, as quais poderão ajudar a resolver os problemas que os bairros suburbanos enfrentam.

Chissano diz que processo decorre tranquilamente

O antigo Presidente da República, Joaquim Chissano, chegou este domingo a Luanda para observar as eleições gerais de Angola. Esta segunda-feira, foi recebido pelo presidente da Comissão Nacional Eleitoral angolana e participou, no fim do dia, na reunião que aquela instituição manteve com todos os observadores internacionais.

Participaram, tal como Chissano, o antigo presidente de Cabo Verde, Pedro Pires; de São Tomé e Príncipe, Miguel Trovoada e Manuel Pinto da Costa, além de personalidades moçambicanas, nomeadamente, Feliciano Gundana, Alcinda Abreu, Manuel Bissopo, Artimiza Franco e os membros da Comissão Nacional de Eleições António Chipanga e Paulo Cuinica.

Na entrevista que concedeu à nossa equipa, Joaquim Chissano disse que, na conversa que manteve com o presidente da CNE, ficou informado que a campanha eleitoral decorreu sem registo de qualquer tipo de violência e que as condições logísticas, materiais e humanas estão criadas para que tudo decorra dentro da normalidade.

Joaquim Chissano aproveitou a ocasião para apelar aos angolanos a que participem de forma activa no processo de votação e que depois aguardem serenamente pelos resultados.

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