Os cristãos celebram, hoje, o Natal de Jesus Cristo, o seu redentor. Na véspera, como é o habitual, celebraram a missa do galo. Na Catedral de Maputo, o culto foi orientado pelo arcebispo de Maputo, Dom João Carlos. Na Diocese dos Libombos, da Igreja Anglicana, desta vez não foi Dom Carlos Matsinhe, devido a uma gripe “de última hora”. Ambas as congregações rezaram pela paz em Moçambique.
Na noite que antecede o dia em que Jesus Cristo nasceu, a Ireja Anglicana não fugiu à regra e celebrou a missa do galo. Mas antes fez o que João Batista fez a Jesus, o baptismo de novas almas.
Já puras, as novas almas entraram na igreja para esperar pela chegada de Jesus Cristo. Obviamente, é uma celebração simbólica. E tudo tem mesmo de ser simbolizado. Havia as velas que caracterizaram a chegada do menino Jesus, em Belém.
É pensando no que Jesus Cristo trouxe ao mundo que a igreja Anglicana desenhou a principal mensagem do ano, que é a mensagem da paz. “Desejamos que a paz chegue a todos os moçambicanos, porque é isso que Jesus Cristo trouxe ao mundo”.
Essa paz, para a Igreja Anglicana, de acordo com Alda Nhabinde, pároco assistente da Diocese dos Libombos, “deve começar nas famílias, porque muitas vezes não encontramos entendimento entre as famílias”.
No altar estava um rosto diferente do habitual. Quem costuma estar lá é o arcebispo da Igreja Anglicana de Moçambique e Angola, Dom Carlos Matsinhe, mas desta vez não foi. A sua substituta disse que não se fez presente por causa de uma “uma gripe de última hora”.
As celebrações foram feitas também na Catedral de Maputo, Igreja Católica romana, onde o arcebispo Dom João Carlos trouxe também uma mensagem de paz e solidariedade.
“Quando pensamos no nascimento de Jesus Cristo, lembramos de como nasceu como um menino humilde. Então, isso nos lembra os meninos de rua e os pobres. Que Deus abençoe todos eles”, disse o pároco da Catedral, o Bispo Giorgio Ferreti.
Imagem de Dom Carlos continua intacta na igreja
Igreja Anglicana diz que o envolvimento de Dom Carlos Matsinhe nas eleições beliscou a imagem da igreja. Ainda assim, a congregação diz que a integridade do arcebispo de Moçambique e Angola continua intacta dentro da igreja. Ademais, pedem que haja separação das águas.
“Para nós, o bispo continua o mesmo que sempre foi, é e sempre vai ser o mesmo para nós; o respeito continua intacto”, disse Alda Nhabinda.
Ademais, de acordo com Nhabinda, o único problema é que as pessoas estão a crucificar a igreja “enquanto a igreja não tem nada a ver com isso”.