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ANC discute futuro de Cyril Ramaphosa esta segunda-feira

O partido no poder na África do Sul retoma na segunda-feira as conversações sobre o futuro do Presidente sul-africano. Em causa está o envolvimento de Cyril Ramaphosa num escândalo financeiro.

Esta semana, aumentou a pressão sobre Ramaphosa para se demitir ou ser forçado a abandonar o cargo, na sequência de um relatório parlamentar, apresentado quarta-feira à Assembleia Nacional, que sugere que o Chefe de Estado pode ter violado leis anticorrupção, num alegado incidente de roubo de uma elevada quantia de dinheiro encontrada dissimulada nos estofos dos sofás na sua quinta Phala Phala, em 2020.

Segundo a DW, o Congresso Nacional Africano disse inicialmente, este sábado, que iria realizar uma “sessão especial do seu Comité Executivo Nacional” no domingo. Pouco depois, anunciou que a reunião foi adiada para segunda-feira, de manhã. A direcção do partido reuniu-se brevemente em Joanesburgo, na sexta-feira, antes de dizer aos jornalistas que iria analisar mais a fundo os factos do caso contra o Presidente.

Ramaphosa tem-se reunido com os seus aliados no seio do partido governante, uma vez que alguns membros do comité executivo consideram que o presidente desrespeitou as estruturas do partido e que por isso deveria renunciar, segundo a imprensa local.

Os deputados na Assembleia Nacional, onde o ANC detém a maioria, devem debater o relatório da comissão parlamentar na terça-feira, e votar também se o processo de destituição do Presidente deve avançar, escreve a DW.

Ramaphosa, que ambiciona a reeleição na liderança do partido no congresso nacional eletivo agendado para entre 16 e 20 deste mês, em Joanesburgo, nega irregularidades. O Presidente adiou uma comunicação ao país na quinta-feira para anunciar a sua decisão depois de se reunir com os seus conselheiros e aliados na Cidade do Cabo.

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