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Alunos de Ndlavela continuam ao relento

Alunos da Escola Primária de Ndlavela continuam a estudar ao relento ou cobertos por madeira e zinco. No seu primeiro dia de aulas, as crianças mostraram-se angustiadas pelas precárias e perigosas condições em que estudam.  

Passou o tempo, mas não o perigo, aliás, só piorou! Lá se vão três meses depois que o jornal “O País” publicou uma reportagem expondo o perigo em que se encontravam os mais de 40 mil alunos da Escola Primária de Ndlavela, arredores na cidade da Matola.

Ontem, os alunos cumpriram o seu primeiro dia de aulas em virtude do feriado do dia da Matola registado na terça-feira. Entretanto, no lugar de estarem entusiasmadas por reencontrar seus amigos e companheiros, as crianças exibiam rostos de angústia e muito pouco ânimo.

Não é para menos, há crianças que no ano passado estiveram a estudar em salas cobertas de madeira e zinco. Embora as chapas estivessem na iminência de cair, as crianças dizem que, pelo menos a chuva “não caía” sobre elas.

No ano passado, a escola tinha um espaço fora do seu recinto normal. Lá estudavam quatro turmas, também ao relento. Mas era um terreno que tinha sido arrendado e os proprietários já tomaram de volta e foi erguida uma casa que se encontra nos momentos finais de construção.

Na altura, a Direcção Distrital da Educação da Matola dizia estar a espera de alguém de boa vontade. Esse alguém até apareceu, mas, como pudemos apurar, o início da construção da nova escola está refém do Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano.

A Direcção da Escola não quis falar, mas revelou que a obra devia ter arrancado em Dezembro, mas, até hoje nem água vai, nem vem. E, enquanto isso, as crianças desdobram-se para aprender alguma coisa, apesar das precárias condições.

 

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