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Alunos continuam a estudar em salas sem tecto um ano depois do Idai

Um ano após a passagem do ciclone Idai, na cidade da Beira centenas de alunos continuam a estudar em salas de aulas de tecto, que foram destruídas pelo fenómeno. Quando chove, as aulas ficam interrompidas.

O ciclone Idai, que atingiu a cidade da Beira de forma severa no fim da tarde do dia 14 de Março do ano passado, com ventos fortíssimos que chegaram a atingir cerca de 250 quilómetros por hora, e que deixou rastos de mortes e destruição, foi o pior ciclone da última década, na região do sudoeste  do índico. O ciclone afectou toda a região centro do país, onde foram registados mais de 600 mortos, causadas pelos fortes ventos e inundações.

Cerca de 90 por cento da cidade da Beira sofreu com os ventos fortes que destruíram infra-estruturas públicas e privadas. No sector de educação foram destruídas mais de duas mil e quinhentas salas de aulas e grande parte delas ainda não foram reabilitadas, o que deixa milhares de alunos a estudarem em condições deploráveis tal como na escola primária completa da Manga Mungassa, um bairro suburbano da cidade da Beira.  

Devido à falta de tecto, o sol incide directamente sobre os alunos e professores dentro das salas de aulas. A posição dos alunos dentro da sala de aulas é em função da localização do sol.

Apesar das aulas estarem a decorrer em salas sem tectos e nem janelas, existe no meio dos professores e alunos uma enorme vontade de ensinar e aprender.

Já na EPC 12 de Outubro, localizada no bairro de Matacuane, zona cimento, o cenário que se vive pós-Idai é diferente. Para os alunos e professores o Idai contribuiu para melhorar as condições da escola, pois apesar de ainda existirem ali as marcas do ciclone, a EPC 12 de Outubro beneficiou de obras de vulto.

Os alunos da EPC 12 de Outubro estão eufóricos com as condições melhoradas da escola, e, para, a direcçao da escola, a reabilitação da instituição trouxe uma nova dinâmica na transmissão de conteúdos.

Neste ano, de acordo com o sector de educação, cerca de 300 salas de aulas irão beneficiar de uma reabilitação resiliente em vários pontos da província de Sofala.

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