As cidades são consideradas polos de desenvolvimento económico e envolvimento de pessoas. Por isso, António Almeida Henriques, Presidente da Câmara Municipal de Viseu, Portugal, considera ser altura das cidades dos países de língua oficial portuguesa tornarem-se inteligentes.
O edil português fala da necessidade de se usar a tecnologia para tornar eficiente a administração das autarquias, visando a melhoria da qualidade de vida de seus munícipes.
75% do consumo global da electricidade é das cidades e um terço do tráfego é causado pela procura de lugares para estacionar, portanto, considera o edil, as cidades devem optimizar o consumo de energia eléctrica e melhorar a mobilidade.
A governação nas cidades deve ser inclusiva e a democracia participativa. Os munícipes devem participar na gestão das suas cidades e isso é possível com a criação de sistemas de partilha de dados. “As cidades inteligentes simplificam procedimentos, pois nelas, os assuntos são resolvidos num clique”, explicou Almeida Henriques.
O edil deu alguns exemplos de sistemas inteligentes implementados na sua autarquia, tendo destacado a telegestão de água e telemetria (sistemas electrónicos que permitem a gestão de água, desde pagamentos até fugas).
Outro aspecto importante apontado por Almeida Henriques é usar a tecnologia para promover o turismo nas cidades. Criar portais em que o turista possa ter acesso a todos os serviços da cidade, desde a passagem, hospedagem, sistemas de transporte, restauração entre outros.
Na conferência da Moztech sobre “ICities” (cidades inteligentes) Almeida Henriques convidou os gestores dos países de língua portuguesa a fazer da língua um instrumento de união para criação de cidades inteligentes na CPLP.