O Estado perdeu, no primeiro trimestre de 2022, mais de três milhões de Meticais por causa do contrabando de viaturas, telemóveis, bebidas diversas e produtos alimentares. Só na semana passada, foram apreendidos mais de 19 mil celulares na capital do país, cuja importação foi fraudulenta.
As autoridades alfandegárias mantêm a luta contra a fuga ao fisco no país, uma acção que já culminou com a apreensão de 19.800 celulares que eram transportados em mais de 250 caixas disfarçadas, sem a respectiva documentação.
“A mercadoria saia de um armazém e a nossa equipa de fiscalização interceptou a viatura e exigiu a respectiva documentação de origem da importação. Mas o importador não possuía quaisquer documentos, não restando outra possibilidade senão apreender, pois estavam vários indícios de que se tratava de produtos contrabandeados”, explicou Gimo Jonas, director operativo nas Alfândegas de Moçambique.
Segundo Jonas, são escassas as informações sobre a origem destes produtos, no entanto são conhecidos os proprietários e, neste momento, decorrem processos legais.
“Não se sabe qual é a origem, nem se terão entrado por via marítima, terrestre ou aérea, porque a apreensão foi feita na via pública”, esclareceu.
As mesmas equipas apreenderam, também, 50 viaturas por irregularidades diversas, bebidas alcoólicas, produtos alimentares e vários outros bens. Segundo as alfândegas, o Estado foi lesado em mais de três milhões de Meticais, só nos primeiros três meses deste ano.
“As viaturas foram apreendidas por violação de regulamentos de importação temporária, outras foram regularizadas por meio de isenções que não são regulares”, disse.
Das 50 viaturas apreendidas, 16 já estão com a situação regularizada, o que resultou na cobrança de 756 mil Meticais.