A Polícia de Trânsito diz que os testes de álcool aos automobilistas só serão feitos em casos extremos. Se houver resistência, os condutores serão levados aos hospitais para testes de sangue. A corporação garante estar a tomar medidas para prevenir a propagação da COVID-19.
Há três semanas que a Polícia de Trânsito teve “luz verde” para retomar os testes de álcool aos automobilistas, como forma de garantir a segurança rodoviária.
Num contexto marcado pelo aumento de acidentes de viação, o comando-geral da PRM tomou a decisão referida para reduzir a sinistralidade na via pública.
O alcoolímetro, que é também chamado “bafómetro”, voltou às ruas no último fim-de-semana. “Estamos a retomar ainda reticentes ou de forma tímida por causa desta questão da COVID-19”, explicou o porta-voz da Polícia de Trânsito, Rodrigues Tchabana.
Tchabana garante que, durante o processo, será salvaguardada a saúde dos condutores. “Seguimos com todo o protocolo para a prevenção da pandemia, a desinfecção e cada condutor tem direito a uma boquilha selada num saco plástico. O condutor é que deve tirar a boquilha e só depois é que é submetido ao teste”, detalhou Rodrigues Tchabana.
Entretanto, o porta-voz da Polícia de Trânsito informa que o bafómetro só será usado em casos de extrema necessidade. Aliás, se houver resistência, a Polícia avisa que levará os condutores a exame de sangue.
“Este processo de deslocação, recolha de dados e todos os encargos que advêm deste processo recaem sobre o condutor”, salientou o porta-voz da Polícia de Trânsito.
Para a racionalização dos recursos, as autoridades apelam aos automobilistas e peões para que evitem consumir bebidas alcoólicas quando vão à via pública.
Só na Cidade de Maputo, de acordo com os dados da Polícia de Trânsito (PT), de Janeiro a Junho de 2022, foram registados 134 sinistros contra 115 de igual período do ano passado, sendo 76 por atropelamento contra 53 ocorridos no ano passado.