Afinal, nada obriga as fábricas de água a passar pela certificação de qualidade, o que significa que pode haver água engarrafada a circular no mercado sem que seja própria para o consumo.
O Ministério da Indústria e Comércio quer garantir que esta água tenha a qualidade desejada. Por isso, decorre um estudo para a elaboração de um regulamento que tornará obrigatória a certificação.
De acordo com o director-geral do Instituto Nacional de Normalização e Qualidade (INNOQ), Geraldo Albasini, o estudo está a ser feito ao nível do Ministério da Economia e Finanças, através do Instituto Nacional de Normalização e Qualidade, em colaboração com o Ministério da Saúde, e espera-se que, até ao final deste ano, o regulamento esteja concluído.
Mas, enquanto não é aprovado o regulamento, o Ministério da Indústria e Comércio, através do Instituto Nacional de Normalização e Qualidade, está reunido, na primeira reunião do Conselho Nacional da Qualidade, para aprovar um plano de acção da política de qualidade.
“Esse plano de acção vai olhar para aspectos que afectam a saúde das pessoas, os aspectos que afectam a segurança, e, também, para a promoção da qualidade, porque a cultura de qualidade deve ser incutida nos consumidores. Neste momento, o consumidor vai e compra o produto mais barato, mas é preciso mudar este cenário”, explicou Geraldo Albasini.
O referido plano está orçado em cerca de 1,9 mil milhões de dólares, valor que ainda não está disponível. Por isso, está em curso a criação de um fundo para financiar as actividades.
O director-geral do INNOQ esclarece, entretanto, que não se trata da criação de uma entidade, mas sim a formalização de uma conta para a canalização de valores que sejam de fácil acesso.