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Agronegócio é o ponto de partida para transformação económica

Iniciou, hoje, a maior feira de agronegócio do país, MozGrow, que decorre na arena 3D, na Katembe. Sob o lema "Estratégias para impulsionar a competitividade no país", Andrea Carapelesse, especialista em investimento, disse que para apoiar o desenvolvimento agrário no país há necessidade de se identificar todos os desafios que Moçambique pode tirar vantagem e o papel que todos operadores públicos e privados podem jogar.

O especialista em investimentos é da opinião que os objectivos de sustentabilidade a nível mundial estão a orientar o motor da economia, do agronegócio e o sector privado. “Passar de uma economia linear para circular, para identificação de energias, pode ser uma grande oportunidade para Moçambique. O fundo internacional está orientado no investimento do desenvolvimento sustentável em fundos internacionais governativos e privados”, disse Carapelesse.

Sobre a inclusão financeira, o especialista disse que os maiores problemas são o acesso às tecnologias e ao mercado, bem como também a facilitação das ligações entre o sector privado e o agricultor. Andrea explicou que para ultrapassar esse desafio é necessário identificar os pequenos agricultores que não tem acesso aos grandes investimentos. “Isso é importante para captar recursos, deve haver um fortalecimento de relações entre os produtores”, acrescentou.

As mudanças climáticas têm um impacto no desenvolvimento da agricultura, por isso Carapelesse entende que é necessário aceder a investidores internacionais para desenvolver as tecnologias de agricultura e que deve-se passar da mitigação para solucionar mudanças climáticas, que são os que têm maior impacto na agricultura. “A tecnologia de ponta não precisa de grandes infra-estruturas e investimentos, precisa de uma estratégias e envolver parceiros que vê oportunidade de investir na agricultura”, disse Carapelesse.

O orador defende que o sector do agronegócio a nível mundial é mais de complexidade. Já Jaime Comiche, representante da UNIDO, disse que a cadeia de valores é cada vez mais vista como um conceito global. “A UNIDO ajuda as empresas através da capacitação de áreas de qualidade, os resultados são pouco expressivos, temos dificuldades em termos de ambiente de negócios”, disse Comiche.

O representante da UNIDO disse ainda que não é possível transformar as empresas sem acesso à energia, e que o desafio é como transformar o agronegócio em oportunidades. Comiche salientou o facto da desnutrição crónica ser uma área muito importante no agronegócio e que este é o ponto de partida para a transformação económica.

 

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