O Agro-Mozal pondera produzir 700 toneladas de hortícolas neste segundo ciclo da campanha agrícola 2021-2022. Os produtores das associações abrangidas no projecto afirmam que tiveram boa produtividade no primeiro semestre e esperam mais para esta segunda metade do ano.
O projecto Agro-Mozal, implementado pela Fundação SOICO, FUNDASO, conta agora com 12 associações, que acolhem cerca de 300 produtores. Nas áreas de cultivo, o projecto produz diversas hortícolas, com destaque para a batata-reno.
Esta segunda-feira, a empresa Mozal, que lidera o projecto, visitou as áreas de cultivo de algumas associações para apurar as dificuldades que os produtores enfrentam. No local, é possível ver o fruto do suor dos agricultores.
E é através dessas terras aráveis que Regina António, assistida pela Agro-Mozal, consegue fazer o que considerava impossível – melhorar a sua condição de vida.
“Reboquei a minha casa, montei tijoleiras e grades com o dinheiro do Projecto Agro-Mozal. Hoje não me falta comida na mesa e consigo sustentar os meus filhos graças a este projecto. Sou viúva, mas consigo criar condições para os meus filhos frequentarem a escola. Tenho as duas mais velhas na 9ª classe e o mais novo já na 8ª classe”, disse Vontade Herculano, produtora.
O projecto beneficia muitos outros produtores, como é o caso de Celeste Cedo, que produz a cultura de bandeira da Agro-Mozal, a batata-reno. Esta produtora afirma que, com a iniciativa, tem tido uma produção tranquila e espera aumentar a produtividade.
“Agora estou a produzir de forma fácil e eficaz. A minha vida já mudou graças ao Agro-Mozal, e estou muito feliz. Para este fim do ano, espero muita coisa boa, principalmente na produtividade. Para a próxima colheita, espero ter pelo menos 7 toneladas de batata-reno”, avançou.
O Regadio de Manguiza faz parte das associações recém-inseridas no projecto. É composta por 66 produtores e trabalha num espaço de 20 hectares de terra arável. A presidente da agregação também fala dos benefícios.
“A Agro-Mozal dá-nos sementes, insumos agrícolas e outros equipamentos necessários para o sucesso de uma produção. Os pulverizadores, motobomba e os respectivos equipamentos que recebemos ajudam-nos bastante. Durante mais de 30 anos, praticávamos a agricultura de sequeiro, o que dificultava o nosso trabalho. Agora tudo melhorou”, aclarou Julieta Cavele, Presidente do Regadio de Manguiza.
Todavia, coube à liderança fazer a avaliação do trabalho realizado pelos produtores.
“Temos um grande número de agricultores a fazer um bom trabalho. Isso é visível pelo estado das culturas e, também, pelas perspectivas que eles dão sobre a produção. Por isso, fazemos uma avaliação positiva. Temos que reconhecer que alguns agricultores devem ser apoiados, porque estão a ter algumas dificuldades. Deve-se ver em que medida podemos ajudá-los”, afirmou Gil Cumaio, superintendente de Execução de Manutenção na MOZAL.
Sob o lema “Apoiar para Estar Sozinho Amanhã”, a Agro-Mozal leva sementes e fertilizantes para os produtores das 12 associações de Boane e Namaacha, província de Maputo.