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África teve 200 milhões de casos de Malária em 2017

O plasmódio falsiparum é o parasita da malária que não deixa os africanos sossegados. Só em 2017 infectou mais de 200 milhões de pessoas em toda a África. A Nigéria, Madagáscar e a República Centro Africana, registaram os maiores aumentos, todos juntos somaram meio milhão de casos só no ano passado. Moçambique não escapou a estas estatísticas e faz parte dos 11 países mais problemáticos da África subsaariana e figura na lista dos cinco países do mundo que mais contribuíram para o aumento da doença com um fardo da malária a rondar os 5% em 2017, ficando a frente da Nigéria e RDC, e atrás da índia e Uganda.

Ao contrário de África, algumas regiões do sudeste da Ásia, registaram uma redução significativa da doença em cerca de 54%. Paradoxalmente, África foi o continente que mais apoio teve em 2017: 2.2 mil milhões de dólares foi o valor de ajuda dos parceiros, representando quase três quartos dos 3.1 mil milhões de dólares globais.

Para a Organização Mundial da Saúde, a malária é uma doença de pobreza, por isso, é preciso aliviar a pobreza nos países africanos e um ataque agressivo contra a doença com acções de pesquisa e desenvolvimento de vacinas, aumento de produtos anti-maláricos, testes diagnósticos rápidos, controle vectorial, acções de prevenção e acesso rápido a cuidados.

Estima-se que em 2017, 435 mil pessoas morreram de malária no mundo face ao ano anterior, e para alcançar-se as metas da Estratégia Técnica Mundial em 2030, prevê-se que o financiamento anual para a luta contra a malária seja aumentado em 6.6 mil milhões até 2020. Estes dados foram tornados públicos através do relatório apresentado esta segunda-feira, em Maputo, pela Organização Mundial da Saúde.

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