Segundo dados do Centro de Contraterrorismo da União Africana, o continente africano registou 13,9 mil vítimas de terrorismo, em mais de três mil ataques. a vice-secretária-geral da ONU, Amina Mohammed, fez referência a Moçambique como uma das nações que registam altos níveis de violência por ataques terroristas.
As Nações Unidas expressaram preocupação com a propagação do terrorismo na África e com a necessidade de abordar as suas causas profundas. O Centro de Contraterrorismo da União Africana documentou mais de 3,4 mil ataques terroristas e 13,9 mil vítimas civis entre janeiro e setembro do ano passado.
Amina Mohammed disse que em outras partes de África, grupos terroristas como o Al-Shabaab, na Somália, as Forças Democráticas Aliadas, na República Democrática do Congo e o Ahlu Sunna Wal Jama, em Moçambique, continuam a desencadear uma “violência horrível”.
“Estes grupos não apenas aterrorizam comunidades, mas também realizam atos inexprimíveis de violência sexual e de gênero, agredindo crianças e recrutando-as à força para suas fileiras”, disse.
Amina Mohammed advertiu que, sem qualquer acção, “o risco de perder a actual geração para os horrores do terrorismo é real. Esses jovens estão na iminência de ter o futuro roubado antes mesmo de terem a chance de o começar”.
No discurso, ela advertiu ainda para o impacto de actos terroristas sobre as mulheres e famílias exploradas e brutalizadas pela violência sexual e de género, incluindo casamentos forçados e sequestros. Esta situação causa traumas profundos que reverberam por comunidades inteiras.
A subsecretária-geral alertou para a complexidade da ameaça terrorista à medida que o tipo de atos evolui. A sugestão aos países é que sigam vigilantes à natureza do terrorismo em constante mudança e repensem continuamente nas soluções.