O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, defendeu esta quinta-feira em Kiev, na Ucrânia, que África pode fazer a ponte para o reencontro entre Ucrânia e Rússia.
Umaro Sissoco Embaló, que visitou Moscovo e Kiev como presidente em exercício da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), disse que tanto a Rússia como a Ucrânia são parceiros, mas “infelizmente estão em guerra neste momento”.
“Não podia ter vindo apenas à Rússia sem passar por Kiev para ver o meu irmão. Eu sou um homem independente. Os meus amigos sou eu que os escolho. São meus amigos. Eu não sou alguém a quem se possa impor amizades”, afirmou, numa conferência de imprensa conjunta com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, citado pelo Notícias ao Minuto.
O chefe de Estado guineense disse também que pode chamar “irmão” ao Presidente ucraniano, como pode chamar o mesmo ao homólogo russo, Vladimir Putin, com quem se reuniu na terça-feira.
“Porque um dia vão encontrar-se. É por isso que nós trouxemos uma mensagem de paz para os nossos dois irmãos. Podemos fazer a ponte para o reencontro”, disse, salientando que não se pode ter outras interpretações da posição guineense.
“A nossa posição nas Nações Unidas a Ucrânia sabe. O Presidente Zelensky acabou de me felicitar pela posição da Guiné-Bissau na Assembleia Geral. Isso demonstra qual é a posição da Guiné-Bissau. Estive ontem [terça-feira] com o Putin. Se o Presidente Putin pensa que a Guiné-Bissau e África podem encontrar uma solução para a paz, nós somos os primeiros a militar por isso”, afirmou Umaro Sissoco Embaló.