O primeiro lote de um milhão de doses da vacina contra a COVID-19, produzida na Índia, chegou ontem a Joanesburgo, num evento testemunhado pelo Presidente, Ciryl Ramaphosa, e outros membros do executivo.
A chegada do avião Boeing 337-300 ER da Emirates, que transportou a primeira remessa do fármaco, oriundo de Mbumbai, ocorreu à tarde, no aeroporto internacional Oliver Tambo, em Joanesburgo, e teve transmissão em directo pela televisão estatal SABC.
O acontecimento marca o início do lançamento da vacina contra a COVID-19 no país vizinho, a que o governo sul-africano teve acesso depois da eclosão da pandemia, em Março do ano passado.
A África do Sul contabiliza, actualmente, mais de 1,4 milhão de infecções pelo novo Coronavírus, com 4.525 novos casos positivos registados nas últimas 24 horas. O país tem, neste momento, mais de 40 mil mortos, de acordo com dados da saúde.
O Presidente Ramaphosa descreveu o acontecimento como sendo “o maior e mais complexo empreendimento logístico de vacinação” na história da África do Sul.
Aliás, horas depois de a vacina ter sido recebida, Ramaphosa dirigiu-se aos sul-africanos, anunciando novas medidas.
Apesar de ter dito que o nível três de alerta de combate à pandemia no país vai continuar, o Presidente informou que as horas do recolher obrigatório vão ser encurtadas, e o confinamento passa a ser entre as 23h00 e as 04h00.
As reuniões religiosas, igualmente, passam a ser permitidas, seguindo os protocolos de segurança, com um limite de 50 pessoas, em espaços fechados, e 100 ao ar livre. Já as praias e os parques vão ser reabertos.
Outra novidade, e bastante esperada por vários sul-africanos, é a venda de álcool que volta a ser permitida.
“A venda de álcool em vendedores autorizados para consumo externo vão ser permitidas de segunda à quinta-feira, das 10h00 às 18h00”, disse Ciryl Ramaphosa.