O escritor e poeta Afonso Vaz Vassoa lança, às 17 horas desta quinta-feira, o livro de poemas Aromas e símbolos de sobrevivência. A obra literária será apresentada pelo Reitor da Universidade Pedagógica de Maputo, no Auditório do BCI, na Cidade de Maputo.
No prefácio de Aromas e símbolos de sobrevivência, Armando Artur considera que a nova proposta literária de Afonso Vaz Vassoa deve ser lida de forma livre e despreconceituosa, da mesma maneira como é apresentada pelo seu autor. Para Artur, os poemas ressoam no leitor como rumores antigos e recentes, aparentemente trazidos pelos ventos alísios, na ondulação temporal do território que Vassoa chama de ReMoça, ou seja, República de Moçambique.
A ser lançado esta quinta-feira, no Auditório do BCI, na Cidade de Maputo, os poemas de Aromas e símbolos de sobrevivência são, em geral, de índole social, o que, para o prefaciador, traduz a preocupação e o desassossego do autor ante a realidade moçambicana: “É uma poética que para além de interiorizar o sofrimento, as inquietudes, o medo, a dor, também vai à outra face da mesma moeda, ao encontro dos maravilhosos elementos que perfilham a geografia natural e humana que, indubitavelmente, constituem fonte de orgulho, de conforto e esperança dos homens e mulheres da ReMoça, do mesmo modo como nos sugerem os poemas do subtítulo ‘Vozes do fascínio’”, lê-se no prefácio assinado por Armando Artur.
Em Aromas e símbolos de sobrevivência encontram-se, segundo Afonso Vaz Vassoa, poemas aromáticos e não aromáticos, que podem ser captados por órgãos dos sentidos das entranhas, todos passíveis de serem simbolicamente representados em forma de singelos versos. “É assim que nós, do nosso jeito, pintamos, aqui e agora, a presente composição presumivelmente poética, como o resultado de uma espécie de escape sócio-profissional necessário, embora imposto, natural ou artificialmente, pelo recém-reactivado teletrabalho – cuja dinâmica nos obrigou a duplicar o tempo e as energias, por razões alheias e não alheias às nossas competências de adaptabilidade, principalmente de ordem tecnológica, metodológica e sócio-cultural”, escreve Vassoa no posfácio por si assinado.
Ao longo do seu exercício de escrita, Afonso Vaz Vassoa lembrou-se, em especial, das vítimas das guerras, das mudanças climáticas e de tantas outras calamidades naturais que afectam Moçambique.
Na cerimónia de lançamento, o livro chancelado pela Imprensa Universitária será apresentado pelo Reitor da Universidade Pedagógica de Maputo, Jorge Ferrão.