O primeiro-ministro, Adriano Maleiane, desafia os atletas que vão representar o país nos Jogos Olímpicos Paris 2024, prova que vai arrancar no dia 26 deste mês, a esforçarem-se para trazerem medalhas, pois os moçambicanos vão transmitir todo o apoio possível.
Sete atletas em cinco modalidades, atletismo, boxe, judo, natação e vela, vão carregar a bandeira moçambicana nas olimpíadas. Moçambique parte para esta competição com a missão de quebrar o jejum de 24 anos sem ganhar medalhas.
Lurdes Mutola continua sendo a luz do desporto moçambicano nos Jogos Olímpicos, depois de se ter sagrado campeã em Sidney, Austrália, em 2000. Muitas edições se seguiram, mas o país nunca conseguiu trazer uma medalha.
O primeiro-ministro despediu-se, hoje, da delegação moçambicana que vai defender a cores do país neste evento planetário. Falando aos atletas, Adriano Maleiane garantiu que não faltará apoio.
“Eu não vos posso desejar sorte, porque, nessa coisa de desporto, sobretudo nas modalidades, não há sorte, mas sim luta. A única coisa que vos posso desejar e transmitir é o nosso calor quando estiverem lá. Sabem que têm mais de 30 milhões a olharem para vocês”, garantiu o primeiro-ministro.
O governante disse, ainda, que tem noção de que os atletas têm feito de tudo para trazerem medalhas ao país, daí que não deve acusar o peso e a responsabilidade que têm ao ponto de se distraírem.
“Se ganharem, os mais de 30 milhões de moçambicanos vão agradecer, mas, se perderem, também os moçambicanos estarão convosco”, anotou Maleiane, reforçando que os moçambicanos são conhecidos pela sua disciplina no estrangeiro. Nesse sentido, o governante desafiou os atletas a continuarem a transmitir essa boa imagem que o país tem.
Os atletas estão cientes do peso que carregam, de tal sorte que prometem dar o seu máximo para representarem condignamente o país nos Jogos Olímpicos.
“Não prometo o pódio, mas prometo trabalhar para chegar ao pódio. Esse é o meu principal objectivo nestes jogos”, disse Alcinda Panguana. Por seu turno, Deisy Nhaquile lamenta o facto de não ter tido espaço para estagiar durante a sua preparação para esta competição.
“Infelizmente, o tempo é apertado, mas ser atleta é isto. Temos de fazer um exercício enorme para trazermos medalhas para o país”, lamenta a atleta de vela, que vai participar nas olimpíadas pela segunda vez consecutiva, depois de ter marcado presença em Tóquio.
O Comité Olímpico de Moçambique (COM), através da Missão Moçambique, garante que estão criadas as condições para uma boa prestação nos Jogos Olímpicos.