A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) anunciou, esta terça-feira, na Cidade de Maputo, o adiamento da reunião anual entre o sector privado e o Governo, devido a razões de agenda do executivo.
A Conferência Anual do Sector Privado (CASP), a plataforma mais importante do chamado “diálogo público-privado” em Moçambique, foi adiada de Dezembro deste ano para Março de 2018, segundo o director-executivo da Confederação das Associações Económicas de Moçambique, Eduardo Sengo.
O executivo referiu que tem actualmente em mãos o processo de aprovação do Plano Económico e Social (PES) e o Orçamento de Estado de 2018 pela Assembleia da República. “O Governo está neste momento ocupado, falta pouco tempo para terminar o ano, tem o Orçamento e PES e este é um diálogo público e privado, isto é, tem de se fazer na presença do Governo”, acrescentou Eduardo Sengo. A reunião anual visa avaliar o progresso da materialização da matriz de reformas acordadas entre o Governo e o sector privado, monitorar o ambiente de negócios e serve para o levantamento de questões sobre os desafios que a economia moçambicana enfrenta nos diferentes sectores de actividade e avançar propostas para as possíveis soluções. No ano passado, a reunião anual da CASP contou com a presença do Presidente da República, Filipe Nyusi. Na ocasião foi feito o balanço da Matriz da DPP, modelos de financiamento da agricultura, a depreciação do metical e o aumento da produtividade e produção agrária. A XV reunião da CASP vai decorrer num contexto em que o país ainda se recente da crise económica financeira. Nesta semana, a CTA dispensou o apoio de 7.5 milhões de meticais que o executivo aloca a instituição para actividades de mobilização das empresas para o pagamento de impostos.