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Acusado de roubo: jovem é agredido até à morte em Maxixe  

Para a família Marrima, o choque pela perda de um familiar ainda é forte, sobretudo por se tratar de uma morte cujos contornos nem eles sabem explicar. A família revela que recebeu uma chamada a comunicar o falecimento de Samuel Alberto, um jovem de 29 anos.

Alguns familiares continuam perplexos, pois não sabem como tudo aconteceu. “Ele foi agredido até à morte, disseram que era ladrão, mas as tais coisas, que dizem que ele roubou, não foram encontradas com ele”, lamentou Maria Alberto, irmã da vítima, enquanto se segurava para não chorar.

Mas, Banto Alberto, outro irmão que, por sinal, vivia com a vítima, confirmou que o irmão tinha uma conduta reprovável. “Samuel era, de facto, um ladrão, pois não era a primeira vez em que ele era acusado de tal crime” e salientou que o seu irmão já teria roubado outros bens noutras residências em ocasiões diferentes.

Em conexão com o crime, a Polícia deteve um jovem que teria participado na tortura da vítima.

O enredo começou na passada quinta-feira quando a casa de um dos indiciados foi invadida por pessoas que subtraíram um computador portátil, dois telemóveis e dinheiro em quantias não especificadas.

Além dessa residência, outras duas também foram invadidas e os proprietários contam que também foram subtraídos bens. Na manhã de sexta-feira, as vítimas seguiram as pegadas dos supostos ladrões que foram dar à casa da vítima e trataram de o neutralizar para revelar a localização dos bens roubados.

Como este não colaborava, estes partiram para violência, como forma de persuadir Samuel Alberto a contar a verdade dos factos. A violência foi tanta que este foi levado ao hospital, mas, devido à gravidade dos ferimentos, antes mesmo de ter atendimento médico, acabou por perder a vida.

Em conversa com o “O Pais”, um dos indiciados de ter matado Samuel Alberto negou tudo e disse que apenas estava na confusão, porque queria saber do paradeiro do computador e dos telemóveis roubados.

 À nossa reportagem disse ser vítima do destino, pois estava no lugar errado, na hora errada e de vítima de um roubo, agora é indiciado de um assassinato.

Aliás, o indiciado acrescentou que, por iniciativa própria, foi à Polícia prestar queixa pelo roubo que sofreu, mas acabou detido.

Nega ter participado do homicídio, mas a Polícia acredita que o indiciado fez parte das agressões. Segundo Nércia Bata, do Comando Provincial da PRM em Inhambane, o jovem participou da agressão e é por essa razão que ele está detido.

A representante disse, ainda, que as autoridades estão à procura de outros indivíduos que teriam participado nas agressões que levaram à morte do jovem.

O indiciado deverá ser entregue às autoridades judiciais para trâmites processuais.

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