O candidato presidencial da Frelimo prometeu, na tarde desta quinta-feira, no Distrito de Chifunde, em Tete, o pagamento atempado dos subsídios aos combatentes e líderes comunitários. Segundo Daniel Chapo, o atraso dos pagamentos não constitui uma prática do Governo da Frelimo. Durante o seu comício, Chapo falou também da possibilidade de prover transporte e aumentar subsídios aos líderes comunitários.
No seu sexto dia da campanha eleitoral, depois de prometer que pelo menos 10% das receitas de carvão devem financiar o desenvolvimento de Tete, nos distritos de Macanga e Marávia, em Chifunde, Chapo abordou o problema do atraso no pagamento dos subsídios aos líderes comunitários.
“Existem pessoas que fazem atrasar o pagamento de subsídios dos nossos pais, enquanto fazem um grande trabalho e merecem o nosso respeito”, defendeu Chapo, que também acusa a responsabilidade a algumas pessoas dentro do partido Frelimo. “Isso não é problema da Frelimo, é um problema de pessoas”.
Chapo enalteceu o trabalho dos líderes comunitários, que, na sua percepção, “merecem ser pagos seus subsídios a tempo e hora, terem fardamentos, se for possível, aumentar os subsídios para poderem trabalhar como deve ser”, defendeu.
O atraso no pagamento de subsídios é um problema que, além dos líderes comunitários, afecta os combatentes, algo que o candidato diz que “não faz sentido”.
“Os nossos combatentes, a ACLLN… Nós estamos aqui porque lutaram para libertar a terra e o povo. Se não fosse a luta deles, não estariam aqui, mas há pessoas com coragem de não pagar os subsídios aos nossos combatentes. Quando perdem a vida, atrasam os subsídios de morte, vão ao hospital e não são atendidos como deve ser. Temos de acabar com essas coisas, porque os nossos combatentes são a nossa fonte de inspiração”, disse Chapo.
O candidato aproveitou para falar das realizações do partido durante os 49 anos de governação, em que destacou a fornecimento de energia aos postos administrativos de Tsatso e Mualadzi, melhoria da estrada Chipape-Mugoma, a implantação de um banco, centro de abastecimento de água em Mussala, entre outros, mas disse que é necessário um grande hospital em Chifunde, para evitar que os doentes procurem tratamento na Zâmbia e no Malawi.