A selecção nacional de basquetebol sénior masculino assegurou, ontem, a qualificação para o Afrocan 2023 ao derrotar a sua similar do Zimbabwe, por 71-59, em jogo da finalíssima do torneio de apuramento da zona VI para a competição reservada aos atletas que evoluem nas respetivas competições internas.
Foi uma vitória de raça, do querer e de superação depois dos problemas que o conjunto orientado por Milagre “Mila” Macome enfrentou desde à preparação até a deslocação ao Zimbabwe. Nas vésperas do decisivo jogo, a delegação moçambicana passou por momentos conturbados com uma ordem para deixar o hotel em que estava hospedada por falta de pagamento de taxa de participação orçada em USD 13 mil. Os jogadores e treinadores superaram tudo. Convocaram o patriotismo e colocaram o país pela segunda vez no Afrocan, depois da qualificação para a prova arranca em 2019 após vitória sobre a Zâmbia por 71-60.
Terça-feira, o combinado nacional condicionou os zimbabweanos, controlando o primeiro quarto, etapa na qual liderou com o parcial de 26-19. No segundo quarto, a selecção nacional de basquetebol procurou fugir no marcador, mantendo uma diferença de oito pontos: 17-9 ao cabo desta etapa.
A pontuação baixou, no terceiro quarto, com os orientados pelo “coach” “Mila” a contabilizarem 13 pontos contra 18 do Zimbabwe.
Com o jogo controlado, Moçambique liderou o derradeiro quarto com um parcial de 15-13. Em termos individuais, destaque para Elves “Stam” Honwana que foi o melhor cestinha com 18 pontos em 34:11 minutos na quadra. “Stam” concretizou 7 em 15 lançamentos de campo (46.7%) e 4 em 8 tiros exteriores (50% de aproveitamento).
Pio “Lingras” Matos, com 13 pontos em 23:39 minutos na quadra, e Ismael “Timo” Nurmamad, com a mesma pontuação durante os 26:43 em que permaneceu em campo, estiveram também em destaque.
A “folha do jogo” aponta para 25 em 56 lançamentos de campo concretizados pela equipa, perfazendo uma média de 44.6%, contra 22 em 58 do Zimbabwe (37.9%). Nos tiros exteriores, a selecção nacional converteu 10 em 23 (43.5%), enquanto os anfitriões concretizaram 5 em 20 (média de 25%).
Com 11 lançamentos livres convertidos em 40 tentados, uma média de 45.8%, Moçambique não esteve melhor neste capítulo em relação ao seu adversário que teve registo de 10 em 19 (média de 52.6% de aproveitamento).
O Zimbabwe foi mais forte na luta das tabelas com 42 ressaltos dos quais 29 defensivos e 13 ofensivos, contra 37 do nosso país sendo 26 defensivos e 11 ofensivos.
A selecção nacional marcou 20 pontos em situações de bolas perdidas, enquanto o Zimbabwe contabilizou 15. Outrossim, Moçambique fez melhor aproveitamento de situações de contra ataques com 9 pontos marcados contra dois do Zimbabwe. Nas segundas bolas houve equilíbrio: sete pontos concretizados por Moçambique e seis pelo Zimbabwe.