O internacional moçambicano, ao serviço do Ferroviário de Nampula, Isac de Carvalho, termina no topo dos melhores marcadores do Moçambola 2022, com 11 golos apontados. Entretanto, não será coroado pela Liga Moçambicana de Futebol por não ter atingido o mínimo de golos exigidos: 15.
O Moçambola 2022, que terminou este domingo, numa jornada que produziu 13 golos, definiu o campeão nacional e as três equipas que desceram de divisão. O embate entre a Associação Desportiva de Vilankulo e o Matchedje de Mocuba, que se interessava pela manutenção, produziu o maior número de golos (cinco), uma vez que os “hidrocarbonetos” venceram por 3-2.
No cômputo geral, a última jornada acabou por não ser a mais produtiva nem a menos produtiva, uma vez que os 13 golos igualam os registos da 2ª, 8ª 14ª e 17ª jornadas, bem acima dos golos apontados em várias jornadas.
As jornadas, que tiveram menor número de remates certeiros, foram as jornadas 13 (que teve a pior safra, apenas cinco golos), 9 (7 golos), 10 (8) e 5 (9), que chegaram aos 10 golos em seis jogos.
A jornada de destaque é a 19ª que produziu 20 golos, seguido da 16ª que teve menos um golo. Fecha o pódio das jornadas com mais golos a 18ª jornada que teve 17 golos.
Ao todo, foram apontados, na edição 2022 do Moçambola, 277 golos, o que dá uma média de 2,1 golos por jogo, contra uma média de 2,03 golos por jogo da época passada, que produziu 370 golos em 182 jogos.
ISAC, O “EL MATADOR” INSUSPEITO
No final das contas, acabou por ser Isac de Carvalho a chamar a si o título de artilheiro do Moçambola 2022, com 11 golos apontados, respectivamente ao Ferroviário de Nacala, Matchedje de Mocuba, Incomáti de Xinavane, Liga Desportiva de Maputo, Costa do Sol, Ferroviário da Beira, Ferroviário de Maputo, Black Bulls, Associação Desportiva de Vilankulo e novamente à Liga Desportiva de Maputo, desta feita em dose dupla.
Ou seja, Isac de Carvalho marcou a quase todas as equipas do Moçambola, excepto a campeã nacional, União Desportiva de Songo, e Ferroviário de Lichinga.
Ainda assim, Isac não vai receber o prémio de melhor marcador, uma vez que não atingiu o mínimo de golos exigidos pela Liga Moçambicana de Futebol, que, através de regulamento, colocou a fasquia em 15 golos. Na época passada, por exemplo, o mínimo de golos era de 20, mas Ejaita, na altura ao serviço da Black Bulls, conseguiu apenas 17 golos e também não foi premiado.
O avançado do Ferroviário de Nampula volta a estar no topo dos melhores artilheiros do campeonato nacional de futebol pela segunda vez, depois de ter sido coroado em 2014, quando, ao serviço do Maxaquene, apontou 13 golos, tendo sido finalista dos artilheiros, em 2017, ultrapassado apenas por Telinho, que terminou com 17 remates certeiros, contra 15 do avançado dos “locomotivas”.
O jogador, que iniciou a carreira no Benfica de Nampula, tem passagens pelo Desportivo Maputo, onde jogou entre 2008 e 2011; Liga Desportiva de Maputo (2012); Maxaquene (2013 a 2016); Costa do Sol (2017 a 2021) e, agora, o Ferroviário de Nampula, clube com o qual não renovou o seu contrato.
Isac de Carvalho fugiu à concorrência de Lau King, da União Desportiva de Songo, e de Melque, da Black Bulls, que ficaram em branco na última jornada e terminaram com nove golos. Aliás, os dois jogadores ficaram muito tempo sem marcar golos pelas suas equipas, o que permitiu a Isac alcançá-los, tendo em conta que marcou com regularidade nas últimas jornadas.
Lau King fez o seu último golo na 20ª jornada no empate da sua equipa no “caldeirão”, diante do Ferroviário da Beira, enquanto Melque deu gosto ao pé, pela última vez, na penúltima jornada, diante do Matchedje de Mocuba.