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Fechou-se uma lacuna e abriu-se outra! Autocarros que normalmente fazem o transporte urbano na cidade e província de Maputo abraçaram, desde Sábado, o transporte interprovincial.
No terminal Interprovincial da Junta, o cenário é de muitas pessoas procurando viajar e também muitos autocarros de transporte urbano. Um sinal de que a procura está mesmo acima do normal. Facto que obrigou a intervenção da Direcção Nacional do Transportes e Segurança para pedir o reforço de mais de 20 autocarros às empresas públicas de Transporte urbano.
Para a Direcção está a atribuir licenças precárias para os autocarros que mostrarem condições mecânicas para fazer viagens interprovinciais.
O Director Nacional dos Transportes afirma que os 21 autocarros que foram desviados para o transporte interprovincial não fazem falta alguma na zona metropolitana de Maputo. “Pode haver outras razoes, não este desvio”.
No entanto, no terreno a situação é outra. Na paragem de Missao Roque, por exemplo, muitos cidadãos da Vila da Manhiça, província de Maputo, ficaram durante muito tempo a espera do transporte. Entre eles um ciddão com aspecto de preocupação. Este cidadão é trabalhador da cidade de Maputo e residente da vila da Manhiça. Encontrámo-lo na paragem de Missão Roque, onde aguardava pelo transporte há mais de 40 minutos. A sua maior preocupação é que tinha uma folga de apenas de 24 horas e parte dela estava a ser passada de plantão e na paragem.
De uma paragem de transporte urbano, Missão Roque transformou-se num terminal interprovincial clandestino: não existe praticamente nenhuma autoridade que controla questões ligadas à segurança, como seja o registo dos passageiros. Mas tanto os passageiros quanto os transportadores, afirmam que o terminal da Junta já não é capaz de absorver toda a demanda nestes dois dias.
Em todo o caso, a Direcção Nacional de Transportes desencoraja os passageiros a procurarem transporte fora do terminal da Junta, justificando que só lá há segurança e garantia de uma viagem tranquila.
