Mais uma embarcação de fiscalização marítima foi alocada, ontem, à baía de Maputo, para combater a pesca ilegal. A ministra do Mar, Águas Interiores e Pescas disse que, ainda esta semana, quatro embarcações serão alocadas às províncias de Sofala, Zambézia, Nampula e Niassa.
Moçambique perde, por ano, cerca de 60 por cento das 442 mil toneladas de espécies marinhas que produz, devido à pesca ilegal, de acordo com o Ministério do Mar, Águas Interiores e Pescas.
Para mitigar o problema, a instituição alocou à Baía de Maputo uma embarcação de fiscalização marítima.
Trata-se da segunda, sendo que a primeira apresenta limitações para controlar toda a baía, segundo fez saber o secretário de Estado da Cidade de Maputo, Vicente Joaquim.
“A Cidade de Maputo contava com apenas um barco, denominado Zorro Pelágico, com uma lotação de cinco pessoas. Devido à sua capacidade reduzida, dificultava os trabalhos de fiscalização da baía de Maputo, bem como das águas interiores dos rios Maputo, Incomáti, Tembe, Umbeluzi e Matola”, referiu o governante.
A embarcação recém-alocada tem capacidade para nove tripulantes e conta com tecnologia moderna, com vista a reduzir o índice da pesca ilegal.
“Temos esta embarcação equipada com todos os sistemas modernos de fiscalização. Tem equipamento para coordenar via satélite, rádio e tem autonomia para trabalhar cinco horas no mar. Portanto, pode-se trabalhar em turnos”, disse a ministra do Mar, Águas Interiores e Pescas, acrescentando que, com estas características, o barco, avaliado em onze milhões e seiscentos mil Meticais, vai permitir alargar o raio de cobertura na baía de Maputo.
“A embarcação tem uma autonomia grande, no que diz respeito ao combustível e, em termos de velocidade, ela tem dois motores, o que possibilita resultados muito bons no trabalho de fiscalização que está a ser feito”, concluiu a dirigente.
A fiscalização marítima contribui para a exploração sustentável dos recursos pesqueiros e é o meio encontrado para eliminar a utilização de artes nocivas e a pesca clandestina. Para que a embarcação traga ganhos ao sector das pescas, Lídia Cardoso apelou aos fiscais para que se afastem de esquemas de corrupção, cobranças ilícitas, entre outros actos que lesam o Estado.
Ainda esta semana, serão entregues outras quatro embarcações de fiscalização às províncias de Sofala, Zambézia, Nampula e Niassa.