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Nyusi apela intervenção das igrejas no combate aos acidentes de viação

Foto: GPR

O Presidente da República exorta as confissões religiosas a contribuírem no combate aos raptos, terrorismo e acidentes de viação, através da partilha de sentimentos de paz, tolerância e perdão mútuo. Filipe Nyusi falava este domingo, durante a inauguração da capela de Sikwama.

O acto do corte da fita foi o momento mais alto da cerimónia, que contou com a presença de individualidades diversas do Governo, para além dos crentes que vieram de todos os lados, para conhecer a maior capela da igreja Velha Apostólica, a nível da África.

Localizada no bairro Sikwama, na província de Maputo, o empreendimento tem a capacidade de acolher, sentados, 5 mil crentes, um salão multiuso para até mil pessoas, e um parque de estacionamento com capacidade de mais de 100 viaturas.

Segundo a Liderança da Igreja, o empreendimento foi construído de raiz, através de fundos próprios da igreja, o que segundo Filipe Nyusi, demonstra a capacidade de gestão quando há união.

“Com esta edificação, a cidade da Matola e Província de Maputo e não só, ganham mais um centro de formação do homem e da mulher moçambicana. Aqui deverão ser difundidos valores da paz, solidariedade e do amor ao próximo, elementos indispensáveis para a edificação de um moçambique mais justo e harmonioso. Devem ser difundido os mais altos valores de tolerância e reconciliação, a partir de nós mesmos, membros da igreja Velha apostólica de Moçambique”, disse o Presidente.

Durante o seu discurso, o Presidente da República apelou às confissões religiosas a reforçarem o seu contributo no combate ao terrorismo, raptos e outros crimes que preocupam as autoridades de justiça, uma vez que alguns dos praticantes podem ser membros de quaisquer congregações.

“Preocupam-nos os crimes hediondos que tem sido perpetrados, um pouco por todo o país, são os caos de raptos, sequestros, violações, muitas vezes perpectrados por pessoas próximas, e as vezes pelos próprios progenitores. Inquieta-nos o abandono de idosos e pessoas com deficiência e o assassinato de cidadãos portadores do albinismo”, avançou.

Para Nyusi, o caso criminal que mais chocou e que obriga uma reflexão colectiva, bem como a tomada de medidas legais adequadas, é o mais ressente caso onde foram enterrados cidadãos vivos.

“Tomamos a oportunidade para dizer que nada justifica a justiça pelas próprias mãos. Por vezes praticadas por irmãos nossos, da OAC ou de outras religiões, pessoas sem moral, cruéis”.

Mas o maior apelo à juventude daquela igreja foi para pôr fim aos acidentes de viação, que a cada dia trazem lutos às famílias enlutadas.

“Preocupa-nos ainda os incessantes casos de acidentes de viação, provocados pela má conduta e inobservância das mais elementares regras de condução por parte dos automobilistas e tem a província de Maputo como expoente. Somos chamados a refletir sobre a nossa conduta nas estradas e o impacto da nossa imprudência na vida das famílias das vítimas”, avançou o PR.

Falando, este domingo durante a cerimónia de inauguração da capela de Sikwama, que já foi palco de tumultos envolvendo crentes da igreja, Filipe Nyusi apelou à coesão e perdão mútuo aos crentes da igreja Velha apostólica em Moçambique.

“Estamos a levar a mensagem para as futuras gerações, mensagem de paz, solidariedade, mas sobre tudo é preciso que nós, nos nossos corações, haja reconciliação, mais tolerância e mais compreensão. ”

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