As Alfândegas de Moçambique reforçaram a vigilância na fronteira de Ressano Garcia no quadro da recente interdição de importação de aves e carne pelo Ministério da Agricultura e Segurança Alimentar.
A Direcção Nacional de Veterinária decidiu banir, há dias, a importação de aves vivas ou em carne, pintos de um dia, ovos e produtos derivados de aves da África do Sul, Zimbabwe e República Democrática do Congo. Trata-se de uma medida que visa proteger os avicultores moçambicanos de um surto de gripe aviária, causada pela gripe HSN8, que eclodiu nestes países.
Para uma maior vigilância na fronteira de Ressano Garcia, por onde entram quantidades consideráveis de produtos importados da África do Sul, equipas conjuntas das Alfândegas, Ministério da Agricultura e Migração redobraram a fiscalização. E há resultados: já há frangos incinerados e ovos apreendidos.
“Na fronteira turística já tivemos casos de incineração de 23 aves, concretamente galinhas vivas que vinham da África do Sul. Fizemos a incineração no próprio local para que os transeuntes possam ver que, realmente, é uma medida que deve ser cumprida. Já houve situações de apreensão de ovos e outras carnes proibidas”, explicou Alfredo Jaime, inspector agro-pecuário afecto à fronteira de Ressano Garcia, área de examinação de mercadorias.
As autoridades reportam que, de um modo geral, há poucos casos registados desde o aviso da interdição daqueles produtos, tanto na fronteira turística, quanto na fronteira de mercadorias, mais conhecida por quilómetro quatro.
“De momento não temos casos de entrada de pintos, ovos de incubação, incluindo carnes derivados de aves”, disse o inspector agro-pecuário.
Ainda assim há todo um trabalho de reforço da informação, sobretudo aos importadores informais.
Só na África do Sul e no Zimbabwe foram registados 12.845 casos da gripe aviária e igual número de mortes, bem como destruídas 261 772 aves nas unidades afectadas e circunvizinhas, de uma população em risco de 2.024.000 aves.