Dois fenómenos climáticos vão dividir Moçambique ao meio. Por um lado estará a zona sul e parte do centro a registar chuvas com tendências para abaixo do normal. Por outro lado, a zona norte e parte do centro com risco de ocorrência de cheias e tanta chuva.
Os dados foram revelados no Fórum Nacional de Antevisão Climática realizado em Maputo pelo INAM.
Devido à falta de chuva, algumas províncias da zona sul debatem-se com sérios problemas de água, porque países vizinhos com quem Moçambique divide bacias hidrográficas também foram assoladas pela seca severa.
O director-adjunto do INAM não tem boas notícias, isto por que “este cenário de chuvas normais com tendência para abaixo normal não só se vão verificar aqui em Moçambique, mas a maior parte dos países vizinhos, onde nós temos as bacias hidrográficas vão registar níveis de precipitação abaixo do seu normal”.
O Fórum Nacional de Antevisão Climática foi aberto pela vice-ministra dos Transportes e Comunicações, Manuela Rebelo. Para esta, o Instituto Nacional de Meteorologia deve munir-se de melhores instrumentos para tornar mais eficaz a sua actuação na sociedade moçambicana.
Rebelo avançou ainda que a antevisão dos desastres naturais “reveste-se de capital importância por permitir a elaboração antecipada do plano de contingência que resultará numa melhor tomada de decisão nos sectores críticos para o desenvolvimento socioeconómico do país, tais como a gestão dos desastres, agricultura, segurança alimentar, gestão das bacias hídricas, saúde, entre outros”.
O evento juntou representantes dos sectores aos quais os fenómenos climáticos podem prejudicar, nomeadamente a agricultura, saúde, gestão de recursos hídricos e Instituto Nacional de Gestão de Calamidades. Estes garantiram estar a fazer de tudo para fazer face tanto às altas chuvas, quanto à falta delas, sendo que grande parte deles disseram já ter recursos suficientes para que o país seja menos fustigado pelos dois fenómenos.