O País – A verdade como notícia

FIPAG acusado de burlar clientes em Chimoio

Está instalado, em Chimoio, capital da província de Manica, um braço-de-ferro entre o Fundo de Investimento e Património para Abastecimento de Água (FIPAG) e moradores do bairro Nhamajessa.

Em causa está o facto de os moradores terem contribuído com tubagem e dinheiro de escavação para terem acesso à água e a mesma foi desviada para um outro bairro.

A história remota desde o ano de 2013, quando os moradores do bairro Nhamadjessa se viram privados do fornecimento de água, porque a conduta do FIPAG não abrangeu a sua zona.

Os residentes viram que a esperança de terem acesso à água, se ficassem à espera das autoridades,  seria um sonho sempre votado ao adiamento. Assim, em 2020, um grupo de moradores contactou o Fundo de Investimento e Património para Abastecimento de Água (FIPAG)  para expor a sua preocupação.

A resposta da instituição foi a menos esperada: “contribuam dinheiro para pagamento de tubos e homens para procederem à escavação, assim vamos levar água até vocês”. Porque estavam mesmo na aflição, os moradores fizeram a contribuição e canalizaram o valor ao FIPAG.

“Cumprimos a condição de comparticipar com a tubagem e escavação e. terminado o trabalho, de facto tivemos água”, explicou Bernardo Santos, em nome dos moradores.

Um ano depois, o FIPAG desviou a conduta de água para beneficiar moradores de um outro bairro que não contribuíram para a sua instalação. O facto gerou mal-estar e braço-de-ferro entre quem se sente prejudicado, sobretudo por falta de aviso prévio  e o FIPAG.

Sem água novamente, os moradores recorreram ao director do FIPAG em Manica para obter explicação.

“Estamos aqui, no terreno, para com os clientes vermos qual é a solução, se podemos assumir as restrições no modelo de um dia sim e um dia não”, justificou Henrique Dipuve.

“O País” questionou o dirigente em relação aos outros bairros onde a água sai com restrições ou não jorra nas torneiras há bastante tempo e os clientes continuam a pagar facturas acima de 700 Meticais por mês, em particular em Tambara-2.

Dipuve explicou que há um trabalho em curso visando o melhoramento da conduta adutora e, num futuro breve, o problema passará para história, sem entrar, no entanto, em detalhes em relação ao dinheiro que o FIPAG cobra sem fornecer a água.

Partilhe

RELACIONADAS

+ LIDAS

Siga nos