Mesmo com a implementação do sistema por pré-marcação para melhorar o atendimento, ainda há registo de aglomerados na emissão de bilhetes de identidade, na Cidade de Maputo, concretamente no posto da Avenida 24 de Julho. Os utentes dizem que a morosidade se deve à desorganização e corrupção.
Pessoas vindas de diferentes distritos da cidade e província de Maputo aglomeraram-se esta terça-feira, no posto de emissão de bilhetes de identidade da Avenida 24 de Julho, à procura dos serviços de identificação civil.
Filas longas, pessoas esperaram mais de cinco horas, umas querendo renovar os BI e outras querendo tratar pela primeira vez, porém nenhuma tinha feito a pré-marcação e, como consequência, houve enchente.
“Estou aqui desde às 03 horas, mas até agora nada está a andar. Cheguei cedo na esperança de ser atendido cedo, mas nada acontece”, contou Victor Nhantumbo.
Outros utentes, como Leia Vilanculo, falam de desorganização, incumprimento das filas e denunciam actos de corrupção.
“Talvez aqui haja pessoas privilegiadas, que chegam tarde e logo são atendidas. Na fila, desde que cá estou, só vi 15 pessoas atendidas. Já ouvimos que há alguém na entrada que facilita o entendimento”, denunciou Leia Vilanculo, tendo acrescentado que “se todos nós entregássemos os tais 300 Meticais que cobram para facilitar o atendimento, talvez fosse mais rápido”.
Por sua vez, a Direcção Nacional de Identificação Civil (DNIC) justifica a enchente como sendo culpa dos munícipes que não fazem a pré-marcação.
“O posto da 24 de Julho ainda não implementou o sistema por pré-marcação. O que ocorre é que os utentes se aproveitam disso, por não querer depender de marcações e vêm sobrecarregar os serviços, criando desorganização e embaraço nos trabalhos”, justificou Bitholde António, porta-voz da DNIC.
Na mesma ocasião, Bitholde António apelou aos utentes para não se dirigirem aos postos sem que tenham sido solicitados, para evitar aglomerados.
Ainda nesta terça-feira, a DINIC anunciou a existência de brigadas móveis montadas em todo o país, concretamente nas escolas, campos e outros espaços públicos, para encurtar a distância.