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Defesa recebe barcos da Índia e quer bloquear o mar como porta de entrada de terroristas

São duas embarcações de patrulha acompanhadas de outro material que o ministro da Defesa não quis avançar detalhes, num contexto em que as Forças de Defesa e Segurança ainda estão em Cabo Delgado a lutar para travar o terrorismo

O donativo foi recebido ontem, no Porto de Maputo, na capital do país, pelo ministro da Defesa Nacional, Cristóvão Chume. Ao todo, são dois barcos, 500 toneladas de arroz e material de protecção da COVID-19 não especificado.

As embarcações vêm para patrulhar a costa moçambicana, de modo a que o mar não seja usado como porta de entrada dos terroristas.

“Estas embarcações constituem um enorme contributo para a manutenção da segurança ao longo da nossa costa e sucesso das operações militares contra os terroristas no Teatro Operacional Norte, pois irão reforçar a vigilância contra qualquer acção criminosa, particularmente a movimentação dos terroristas através do mar”, diz o ministro da Defesa Nacional, Cristóvão Chume, realçando que o objectivo é, igualmente, vedar o mar como caminho para o abastecimento logístico dos terroristas.

E a ajuda não vem apenas para quem combate o terror, mas também para quem é vítima da insurgência. A Índia doou 500 toneladas de arroz e kits de prevenção da COVID-19, o que para o ministro Cristóvão Chume vai reduzir as fragilidades da população.

“É do nosso domínio que o povo com fome e em desespero é susceptível de ser manipulado e filiar-se aos terroristas sob falsas promessas”.

O alto-comissário da Índia, Ankan Banerjee, por sua vez, diz que o apoio é baseado no interesse do bem-estar dos povos.

“Estamos a procurar trabalhar com o Governo moçambicano, em geral, e com as Forças de Defesa moçambicanas, em particular, para alinhar os nossos interesses comuns e consensos na região, assim como para garantir benefícios para os nossos povos neste lindo e caloroso país. Nós também estamos na dianteira na consolidação e aceleração da nossa parceria multifacetada com Moçambique para benefícios mútuos”, diz o diplomata indiano.

O apoio para as vítimas do terrorismo em Cabo Delgado surge num contexto em que os ataques fizeram até aqui mais de 826 mil deslocados.

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