Jacob Zuma disse aos deputados sul-africanos que os partidos da oposição esgotaram todas as suas opções e agora estão a tentar encontrar uma maioria no Parlamento para poder ganhar a moção, depois de ter falhado nas moções anteriores.
O Presidente sul-africano é da opinião que o voto da moção deve ser feito como das vezes anteriores, em que resistiu a pressão da oposição, ou seja, sem secretismo. Quanto à autorização do Tribunal Constitucional para que o voto da sua destituição seja secreto, o presidente sul-africano defende que o Parlamento tem instrumentos suficientes para que os deputados votem e não vê razões para que haja interferência.
O Presidente Zuma avançou ainda que não se vai demitir e que só o ANC é que o pode tirar do poder. "O ANC escolheu-me para ser presidente. No dia em que pensar que não posso ser mais presidente, vai eliminar-me. O ANC não o fez, então não posso fazê-lo”, disse Jacob Zuma.
Perante forte contestação dos deputados da oposição, Jacob Zuma respondeu que o ANC vai ganhar as próximas eleições gerais de 2019, pois o povo sul-africano está com o partido libertador.
De 2015 a esta parte, Jacob Zuma conseguiu resistir a sete moções de censura contra si, devido aos múltiplos escândalos de corrupção. Os partidos da oposição pediram que desta vez o voto fosse secreto para que os deputados do ANC pudessem manifestar a sua posição de forma livre sem medo de represálias partidárias.