Cerca de uma dezena de mulheres afegãs manifestaram-se hoje em Cabul, capital afegã, para denunciarem o “silêncio das comunidades internacionais” face à situação política, social e económica que se vive naquele país.
De acordo com a agência de notícias portuguesa (LUSA), as forças talibãs impediram a cobertura jornalística do protesto.
As mulheres em manifestação, portando cartazes com as inscrições: “Por que razão o mundo nos deixa morrer em silêncio?”, “Direito à Educação” e “Direito ao Trabalho”, apresentaram-se como membros do movimento espontâneo das mulheres activistas do Afeganistão.
“Todos os dias a pobreza provoca a desgraça, as nossas crianças morrem, os homens não têm trabalho. Eles suicidam-se e o mundo mantém-se silencioso”, disse Husna Sadat, uma das manifestantes presentes no protesto.
“Por que motivo, e até quando é que temos de ser prisioneiras nas nossas casas? Por que motivo ninguém nos entende? Por que motivo as mulheres não têm o direito de serem activas na nossa sociedade?”, acrescentou.
Não terminou por aí, outra promotora do protesto exigiu ainda ao Secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, “apoio aos nossos direitos, à educação e ao trabalho (…) actualmente somos privados de tudo”, disse à France Press.