Os habitantes de Beni, uma cidade com mais de 800 mil pessoas, relataram intensas trocas de tiros, explosões e disparos de artilharia. As forças armadas da República Democrática de Congo acusam as milícias Mai-Mai, grupos de autodefesa organizados sob princípios essencialmente étnicos, de terem atacado as suas posições numa localidade próxima de Beni.
Aquela cidade está localizada na conturbada província Kivu Norte, palco de violentos confrontos e massacres desde Outubro de 2014.
Durante a segunda guerra do Congo, de 1998 a 2003, vários dos grupos rebeldes actualmente foram armados pelo governo para combater as forças hostis do Uganda e do Ruanda. Mas alguns grupos nunca devolveram as armas e começaram a reivindicar a partilha do poder com as autoridades governamentais alegadamente por terem colaborado na pacificação do país.
A região Leste da República Democrática do Congo é afectada há mais de 20 anos por conflitos com grupos armados, por vezes apoiados por países vizinhos com destaque para Ruanda. Em causa está a luta pelo poder bem como a exploração de recursos naturais com destaque para cobalto, cobre e diamantes.