Decorre neste domingo, a primeira volta das eleições presidenciais do Mali. Segundo a Euronews vão ser as segundas eleições presidenciais depois do golpe de estado de 2012, num país em que, as tensões estão altas, onde, os partidos políticos não conseguiram chegar a um acordo em algumas questões sobre as operações de votação, e em paralelo, há uma crescente insatisfação com o histórico de ameaça na segurança do governo.
Os resultados oficiais deverão ser conhecidos na terça-feira e se nenhum candidato obtiver a maioria, haverá uma segunda volta das eleições a 12 de Agosto.
Os partidos de oposição, incluindo a União pela República e a Democracia (URD), liderado por Soumaila Cïssé, o principal opositor de Ibrahim Boubacar Keita, o actual Chefe de Estado, afirmam que o registo eleitoral on-line de 4 de Julho não corresponde ao registo eleitoral inicial auditado pela Organização Internacional da Francofonia em 27 de Abril, que tinha 8.000.462 eleitores – enquanto o registro on-line do governo agora tem 8.105.154 nomes.
Autoridades do governo rejeitaram a existência de registos eleitorais paralelos, alegando que problemas técnicos levaram a esse mal-entendido.
Quem for eleito, precisará de ser capaz de negociar com os muitos grupos armados rebeldes. Após anos de agitação, a esperança é que esta eleição de alto risco contribua, para a paz no Mali.
O Mali é um dos países pior classificado no Índice de Desenvolvimento Humano das Nações Unidas, apesar de ser o terceiro maior exportador de ouro de África e um grande produtor de algodão.