Crises como a da COVID-19 podem ajudar a criar novas oportunidades com vista a garantir resiliência e sustentabilidade em diferentes níveis e sectores de actividade, através da transformação digital. Esta foi a ideia fundamental defendida no painel sobre crise, Resiliência e Sustentabilidade da MOZTECH.
A pandemia da COVID-19 chegou, abalou e transformou o mundo, configurando-se como uma das principais crises dos últimos tempos. A crise, resiliência e sustentabilidade foram o primeiro tema de debate para esta edição, tendo-se destacado como é possível fazer face às crises que surgem a cada instante, com recurso à tecnologia.
“É nosso entendimento que a tecnologia é uma condição para entrada das organizações neste processo de transformação digital. Portanto, nesse sentido, a tecnologia não é ela em si, a solução para tornar as empresas mais resilientes. Portanto, a tecnologia é uma condição para entrar na transformação digital e essa sim a transformação digital é que é a verdadeira resposta para crises como a crise da COVID-19”, disse Vitor Cau, responsável de negócios numa empresa de Tecnologias de Informação e Comunicação
Por um lado, o administrador operacional na Abaricom, Mahomed Mussá, entende que as organizações devem, por exemplo, adaptar rapidamente a transição digital com outras realidades a nível internacional, rumo ao desenvolvimento garantindo, assim, a resiliência e a sustentabilidade das mesmas.
“Muitas organizações têm, hoje, que olhar para o que acontece no mundo fora, o que acontece mesmo cá, em Moçambique, e adoptar a transição digital isso é fundamental. Portanto, as empresas têm que investir em tecnologias de informação para poder singrar em termos de desenvolvimento e formas de estar no mercado”.
Por outro lado, José Haddad, vice-presidente da Académica de Letras do Rio de Janeiro, atenta que a transformação digital é fundamental, no entanto é preciso que se avance tecnologicamente tendo-se em conta o avanço da capacidade humana.
“Nós temos que ter muito cuidado quando falamos de avanço tecnológico para não esquecer do humano, porque, se não, corremos o risco de sermos os futuros robôs da humanidade. A gente valoriza tanto os robôs, mas temos que tomar cuidado para não nos transformarmos em uma geração robótica. Nada vai substituir a capacidade humana de criar e de prosperar”.
Este foi apenas o primeiro de vários debates que tiveram espaço no primeiro dia, sendo que, esta sexta-feira, haverá mais.