Moçambique já reúne condições para receber apoio da SADC para combater o terrorismo em Cabo Delgado. Entretanto, as FDS é que estarão na linha da frente no combate à insurgência armada no norte do país, segundo o Presidente da República, Filipe Nyusi.
Falando no encerramento da Cimeira Extraordinária do organismo regional, Nyusi esclarece que o apoio vai consistir em intervenção através do envio da “Força Conjunta” regional proposta e aprovada pela Toika da SADC.
Entretanto, Nyusi não detalhou os moldes em que o referido apoio será materializado, mas afiançou que o combate contra o terrorismo e extremismo violento em Cabo Delgado terá na linha da frente as Forças de Defesa e Segurança (FDS) de Moçambique.
Contudo, aliado aos esforços de combate contra o referido fenómeno, Nyusi defendeu a necessidade do aumento do controlo das fronteiras dos países da região.
No âmbito socioeconómico, Nyusi falou da necessidade de aprimoramento das estratégias de combate contra a pandemia da COVID-19, estabelecimento da paz e segurança regional, electrificação, operações humanitárias de emergência, dinamização da economia no âmbito da estratégia de desenvolvimento regional (2020-2030) e reforço das parcerias entre as comunidades empresariais dos países da SADC.
Refira-se que, na sua nota de abertura da cimeira extraordinária do órgão, Nyusi destacou que os países da SADC precisam de um plano de acção e roteiro de desenvolvimento estratégico para a industrialização regional no contexto do processo de integração, facto que foi secundado pela secretária-executiva da organização, que reiterou a necessidade de reforço da capacidade de investigação e produção de vacinas contra a COVID-19 na região.
A próxima Cimeira da SADC, a 41ª, terá lugar em Agosto de 2021, na capital malawiana, Lilongwe, evento no qual o Malawi, através do seu Presidente da República, Lazarus Chakwera, vai assumir a presidência rotativa do órgão.
Além do presidente em exercício da SADC, Filipe Nyusi, a Cimeira Extraordinária de Maputo contou com a presença dos Presidentes de Botswana, República Democrática do Congo (RDC), Malawi, África do Sul, Tanzânia e Zimbabwe. Lesotho, Eswathini, Angola Comores, Madagáscar, Namíbia, Maurícias foram representados pelos primeiros-ministros e ministros do interior, de cooperação e altos-comissários.