A União Africana suspendeu o Mali, ontem, com efeitos imediatos, de participar em todas as actividades da organização, até que a ordem constitucional normal seja restabelecida no país. A decisão é consequência de dois golpes de Estado em nove meses, orquestrados por militares.
Poucos dias depois de a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental anunciar a suspensão do Mali das suas instituições, esta terça-feira foi a vez da União Africana.
O Conselho de Paz e Segurança da organização internacional que promove a integração entre os países do continente africano disse que os militares malianos devem regressar, urgente e incondicionalmente, aos quartéis e se abstenham de qualquer interferência futura no processo político no Mali.
A União Africana pediu ainda o estabelecimento de condições para o regresso a uma transição democrática sem entraves, transparente e rápida.
Caso contrário, o Conselho de Paz e Segurança da organização não hesitará em impor sanções específicas e outras medidas punitivas contra os que impedem a transição.
O Mali tem sido palco de golpes de Estado, resultantes de motins promovidos por militares, em 1968, 1991, 2012 e em Agosto do ano passado.