O processo de Desmobilização, Desarmamento e Reintegração (DDR) dos guerrilheiros da Renamo segue sem prazo para o fim. O presidente daquele partido da oposição, Ossufo Momade, diz que o mais importante não é o prazo, mas sim o cumprimento do objectivo.
A Desmobilização, Desarmamento e Reintegração dos guerrilheiros da Renamo, conhecido por DDR, começou em Julho de 2019 em Satungira e tinha como meta abranger 5.200 homens e mulheres da força residual da Renamo, num prazo de 210 dias. O processo inclui a entrega de armas.
Devido a problemas financeiros, parou por quase um ano, tendo retomado em Junho do ano passado. Até aqui foram desmobilizados 1.345 e o processo decorre neste momento em Manica, sem prazo para o fim.
“Podíamos por dia desmobilizar 100 ou 200, mas neste momento estamos a desmobilizar pequenos números, por isso o processo vai levar mais tempo, enquanto cumprimos com as medidas sanitárias. Vamos continuar a desmobilizar pequenos grupos de 20, 30 para que possamos avançar”, esclareceu Ossufo Momade, presidente da Renamo, que deu a saber que neste momento, “aqui, não é necessariamente o prazo [que interessa], mas sim que cumpramos aquilo que é o nosso propósito”.
E o principal propósito é a paz e a reconciliação nacional, tal como disse Ossufo Momade, falando esta quarta-feira numa conferência de imprensa depois de quatro dias de trabalho na província de Nampula, cuja agenda central era fazer o acompanhamento da reinserção dos desmobilizados que agora estão na vida civil.
“Encontramos os nossos irmãos muito satisfeitos com a vida que estão a levar no momento”.
Ossufo Momade disse estar satisfeito, igualmente, com a gestão do Município de Nampula, por isso deixou uma certeza: “não há necessidade de fazermos alteração dos nossos quadros no Município”.