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Edilidade de Quelimane expulsa vendedores dos passeios

O Conselho Autárquico de Quelimane, na Zambézia, decidiu, esta terça-feira, remover todas as bancas erguidas sobre os passeios e transferir os proprietários para o Mercado Central. Ao todo são 100 comerciantes de produtos diversos nas principais avenidas da cidade, entre elas 1 de Junho, Eduardo Mondlane e Josina Machel.

A situação gerou desconforto para alguns vendedores de sumos, bolachas e bolos, que já se encontravam a exercer a actividade no Mercado Central de Quelimane. Sucede que os vendedores descontentes terão de deixar o local onde estavam instalados para estarem mais no interior, de modo dar lugar aos comerciantes recém-chegados.

O referido local não apresenta condições adequadas. Nota-se água parada que se presume resultar da lavagem de peixe, dado o cheiro nauseabundo que a mesma apresenta.

Carolina Morgado, visivelmente agastada com a medida da edilidade de Quelimane, disse que não houve aviso antecipado sobre a decisão de afastar os comerciantes. Não se providenciou também espaços condignos para vendas de produtos.

“Este lugar está cheirar mal devido à água de peixe. Como vamos vender comida com este cheiro? Estaremos a vender comida ou doença? Porque é que a edilidade não arranjou, primeiro, espaço para nos colocar ao invés de fazer isto connosco”, questionou a vendedeira.

O vereador para área dos mercados, Joel Amaral, explicou que as condições para assegurar a venda condigna de produtos serão criadas e a retirada de comerciantes dos passeios é irreversível.

Até o fecho desta matéria, a distribuição de espaço no Mercado Central de Quelimane era feita na presença da Polícia. Os vendedores não observavam o distanciamento físico recomendado pelas autoridades para evitar a propagação da COVID-19.

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